sexta-feira, janeiro 31, 2014

Quadrinhos - Daytripper




"- Eu não gosto de morte.- Na verdade ninguém gosta. Mas a verdade e, goste ou não... todo mundo morre." 

Fazia um tempo que eu não fazia uma postagem sobre quadrinhos e muitos que visitam o blog e me conhecem sabem da minha paixão por esse tipo de leitura, pois foi através deles que eu aprendi a ler, que criei o hábito da leitura, graças ao incentivo dos meus pais... Geralmente quando penso em fazer um post sobre uma obra específica, fico pensando sobre qual delas falar, em virtude de já ter lido algumas a um bom tempo. Nunca me atrevi a escrever minhas impressões quando estas ainda estão 'frescas'. Hoje é uma exceção. Acabei de ler em pdf a história Daytripper, de Fábio Moon e Gabriel Bá, que possui o selo Vertigo, da Ed. Panini Books e senti, vejam bem, senti a necessidade de metralhar pelos dedos tudo o que achei e me impressionou nessa obra, que até agora me deixou com uma sensação terrível de angústia no peito.
A leitura foi ruim? De modo algum. Nem tudo o que me angustia é ruim. Às vezes, entristecer não é a pior das coisas, e quando se trata de minha pessoa, é quase como se me sentir triste me fizesse bem... Pois então...

Voltando a Daytripper. É sobre a história de um homem chamado Brás, que sonha em escrever um livro mas trabalha num jornal fazendo obituários. O clima de morte permeia todo o quadrinho. E a cada capítulo [são 10 ao todo], acontece algo com Brás, em diferentes épocas de sua vida. Numa das edições, ele tem 41 anos, na outra, deu o primeiro beijo em sua prima, ainda na infância. Em outra, ele tem 76, e a linearidade da história vai se mesclando, a história não segue uma cronologia de forma ascendente [infância, vida adulta e velhice]. Apesar disso, de maneira alguma você se perde na história.


Conhecemos várias pessoas que fazem parte de seu cotidiano, mulher, pais, seu amigo Jorge [fotógrafo], o filho Miguel... A idéia de cada capítulo é de contar um trecho da vida de Brás como se fosse o último de sua vida. A morte permeia todo o capítulo, seja pelas pessoas sobre as quais ele escreve seus obituários, ou por acontecimentos em sua própria vida. Não há finais felizes, em cada capítulo a morte aparece de alguma forma...

Brás é um homem solitário, sonhador, que quer falar sobre a vida mas vive se deparando com a morte. A cada seqüência de capítulo, a história 'recomeça' de algum ponto de onde parou no quadrinho anterior pra dar continuidade à história, 'como se nada houvesse acontecido na anterior'. Sem delongar em minhas conjecturas, a fim de não soltar spoilers e fazer o leitor perder a graça da leitura, o que posso dizer é que os autores conseguem levantar uma reflexão ao leitor por meio do personagem principal: de que devemos viver nossa vida como se fosse o último dia dela; que cada momento, por mais banal que seja, traz em sua 'aparente irrelevância' algo crucial para o desfecho de nossas vidas, e que a partir de certas escolhas que fizermos em determinados pontos de nossa existência, algo será desencadeado de forma decisiva mais a frente...

Questões como livre-arbítrio e predestinação nos são jogadas de forma confusa e enigmática. Será que nossas escolhas determinam nosso destino? Ou será que apesar de tudo o que fizermos para mudar certas situações, tudo tende ao fado? Só lendo vocês poderão descobrir e daí tirar suas próprias conclusões...


Daytripper Ed. 4 - capítulo: 41


Particularmente um dos mais chocantes capítulos foi o número 4, intitulado 41 [os títulos são números correspondentes à idade de Brás naquele momento em que se conta a história]. Seu filho Miguel ia nascer. Mas nesse mesmo dia, a morte lhe bate à porta de maneira terrível... Em um dia, Brás passa por um paradoxo extremo, que deixaria qualquer um desesperado. Me identifiquei com sua confusão. Lendo esse capítulo, meio que me senti na pele de Brás a respeito do que houve com ele no mesmo dia. Uma alegria extrema por causa de um nascimento e uma tristeza infinda por uma morte inesperada...
No meu caso, não foi num único dia, e sim num ano, o último passado. 2013 foi um marco pra mim: o nascimento do meu primeiro sobrinho a quem tanto amo como se fosse meu filho [Miguel, outra coincidência pelo nome do filho de Brás se chamar Miguel] e a morte brutal de meu tio Renato, poucos meses depois... 

2013 foi pra mim um ano que não sei dizer se foi bom ou ruim. Como posso dizer que foi o pior da minha vida se Miguel veio ao mundo? E como posso dizer que foi o melhor se uma das pessoas que eu mais amava foi assassinada? 
Ler esse quadrinho DOEU. 
Ao menos, não terminei como Brás...
AINDA...

"A vida é como um livro, filho. E todo livro tem um final. Não importa o quanto goste dele... você chegará à última página... e ele vai acabar. Nenhum livro está completo sem o final. E quando você chega lá... só quando você lê as últimas palavras... você vê o quão bom esse livro é. Parece real. [...]- Bem, apenas imagine onde gostaria de estar... e leia a estória até o final."

quinta-feira, janeiro 30, 2014

Correios - [Envios e Recebidos] - 9

E vamos ao primeiro post do ano com as coisas que recebi esse mês de janeiro pelos CorreiosGanhei do meu amigo/professor/orientador Alberon 4 livros: um de aniversário, um de natal e no dia que ele pôde me encontrar pra dar os livros com quase um mês de atraso [rsrs], acabou me convidando pra dar um pulinho na Livraria Cultura de Recife e lá me deu mais dois títulos. Eis meus presentinhos lindos...




  • A maçã envenenada, de Michel Laub. Já li e é uma história maravilhosa. [Em breve, Resenha do mês]
  • A confissão da leoa, de Mia Couto. Ainda não li e esse autor é um dos que estipulei no Desafio Experimentos Literários
  • Trainspotting, de Irvine Welsh. Também já foi lido e só não foi escolhido para ser resenhado como o Resenha do mês porque fez parte do Desafio de Férias, e farei resenha dele de qualquer maneira. Aguardem! O livro é maravilhoso, certamente uma das melhores leituras que já fiz na vida. Assim como Mia Couto, Irvine Welsh também faz parte do Desafio Experimentos Literários...
  • Os vagabundos iluminados, de Jack Kerouac. Meu sexto livro do autor, e se revelou uma leitura excelente. Mais um que estava no Desafio de Férias e só falta eu postar sua resenha...  

No fim de semana logo após o Ano Novo, fui pra casa de uma amiga em Camaragibe, junto com outra amiga [Hellayne e Suelene, exatamente nessa ordem rsrs]. No último dia com elas, Hellayne me presenteou com o livro Nefertite, de Jacqueline Dauxois. Nunca tinha ouvido o nome da autora antes, e me parece que o livro é um romance sobre a personagem egípcia. Espero gostar da leitura, mas não lerei ele por enquanto...


presente de Hellayne

Alguns dias depois recebo uma cartinha muito fofa de Patrícia, minha amiga do Dose Literária. Ela enviou um marcador de livros junto com a carta. 

cartinha de Pathy


Minha amiga Whellyn me presenteou com o livro Selvagens, de Don Winslow.



E por último, recebi essa semana outra carta de Pathy, dessa vez com um DVD do filme Último Tango em Paris, que vem com um livro sobre o filme [não é o livro que inspirou o filme, ok?] Esse DVD pertence a Coleção Folha Cine Europeu, que eu estava procurando há ANOS e graças a Pathy eu pude ter. Sou muito grata a ela. O livro tem 64 páginas e li muito rápido. E adorei, claro. O filme eu pretendo [re]ver assim que tiver um tempinho, porque da vez que assisti, foi um que eu tinha baixado e com legenda atrasada e áudio muito baixo, só não me perdi na história porque conhecia o livro, senão...

DVD + livro com dedicatória, jornal da Galeria do Rock e cartãozinho do Pequeno Príncipe...

Bom, pelos correios foram só as cartinhas de Pathy, os demais eu ganhei em mãos, mas de qualquer forma, estão registrados. Alguém já leu alguns desses livros que ganhei ou tem vontade de ler? Me contem nos comentários. ^.~

Beijinhos entorpecedores...

terça-feira, janeiro 28, 2014

Clássicos da Literatura brasileira e [Re]leituras...



Bom, aqui estou eu para mais um Desafio Literário
Há um tempo venho admirando minha 'estante' [que na prática ainda não tenho] e percebo que tenho vários livros que já li e me foram especiais em algum momento da vida e que necessitam ser apreciados novamente. Histórias que me deixaram abobalhada, reflexiva e feliz... Penso que um bom livro deve ser lido e [re]lido quantas vezes forem desejadas. Então, resolvi separar os que mais flertam comigo da pilha a fim de [re]lê-los esse ano... Além dos que eu gostei de ler, resolvi dar uma chance a alguns que em minha leitura não fluíram completamente, não pelo fato de ser uma obra ruim, mas simplesmente porque minha mente não estava bem absorta e concentrada na leitura deles. 
A lista:

Quincas Borba - Machado de Assis [o primeiro livro que li dele, ainda era criança e por isso necessito de uma [re]leitura, com a cabeça de hoje a impressão que terei do livro será bem distinta da que tinha quase 20 anos atrás...]
A moreninha - Manuel Joaquim de Macedo [um dos livros que não foram bem aproveitados na época em que li, e resolvi 'dar uma chance'...]
Iracema - José de Alencar [gosto da escrita do autor, mas esse livro em particular não me agradou... vai ver eu não me entreguei às suas páginas como deveria... quem sabe mude minha concepção sobre ele...]
Último Tango em Paris - Robert Alley [li duas vezes, mas como é um dos meus preferidos e pretendo resenhá-lo em breve, resolvi entorpecer novamente por entre suas páginas... e depois verei o filme novamente...]
On The Road - Jack Kerouac [um dos meus livros preferidos, meu segundo contato com Kerouac, pois já tinha lido Tristessa. Na época eu li porque peguei a edição de um amigo emprestada, mas quando Minho me deu de presente em meu aniversário de 2012, resolvi que preciso [re]ler pela minha própria edição...] 




A segunda parte desse Desafio é escolher entre meus livros alguns títulos de literatura brasileira comprados na Bienal do Livro PE 2011 e que ainda não foram lidos. [heresia]
A idéia é ler um a cada 2 meses, pelo menos... Os títulos escolhidos foram:


Memorial de Aires - Machado de Assis
A carne - Júlio Ribeiro
Angústia - Graciliano Ramos
O ateneu - Raul Pompéia
A Escrava Isaura - Bernardo Guimarães
Casa de Pensão - Aluísio Azevedo



Dessa lista, o único que não foi comprado em Bienal foi Angústia, que ganhei de uma amiga. [E essa capa foi a imagem mais aproximada da minha edição, que é bem antiga e não achei no google...]
Como devem ter percebido, a maioria dos livros são clássicos da literatura nacional. Espero poder vencer mais essa meta de leituras para 2014...
E vocês, já leram ou tem vontade de ler algum[ns] desse[s] livro[s]? Me falem nos comentários... 

segunda-feira, janeiro 27, 2014

Tag - Primeiro e Último

imagem retirada do http://leituraadentro.blogspot.com.br/

Fui indicada por Hendrio do blog Leitura Adentro pra fazer essa TAG bacana. Ela consiste em dizer qual o primeiro livro que li na vida, e o último livro lido até o momento. Depois, responder 5 perguntas e indicar alguns blogs [quantos você quiser] para responder também.

Bom, o primeiro livro que li faz muuuuuuiito tempo, a maioria que visita meu blog nem era nascida... Eu tinha uns 8 anos de idade [sério, tem quase 20 anos isso] e infelizmente não lembro qual foi. O mais antigo que tenho lembrança é o livro Histórias de Tia Nastácia, de Monteiro Lobato. Tenho minha edição até hoje, embora esteja sem algumas páginas... Não sei com certeza se ele foi o primeiro, mas foi 'um dos'...



O último lido foi um livro falando sobre Elvis Presley, da Ed. Martin Claret, coleção Por ele mesmo. Não sou fã de Elvis, mas reconheço seu trabalho como parte fundamental do Rock N' Roll. Pelo livro pude conhecer muitos fatos sobre a vida dele que não sabia, a leitura não me fez virar 'fã', mas fez com que eu o respeitasse ainda mais como músico... Peguei o título emprestado de um amigo que é louco varrido pelo cantor...




1- Já comprou algum livro pela capa?
Sim, alguns foram belas surpresas, outros me decepcionaram deveras...

2- Gosta de literatura brasileira?
Sim, de preferência clássicos, literatura infanto-juvenil...

3- Tem o costume de ler e-books? Por quê?
Na verdade, só leio se for o último recurso, mas detesto ler ebooks, não gosto desses dispositivos eletrônicos para leitura, prefiro o velho e bom livro nas mãos...

4- Prefere ler sagas ou livros únicos?
Leio ambos, mas não gosto de ler séries que ainda estão sendo lançadas, por medo de cancelarem... Mas ultimamente até que venho lendo sagas atuais, e bacanas... Mas minha preferência são livros fechados, que contam a história em um volume só... 

5- Já deixou ou esqueceu de fazer algo de tão concentrado/a que estava em uma leitura?
Sempre. Deixo a faxina de lado, deixo de comer, de dormir, uma vez, esqueci até de planejar as aulas do dia seguinte.

Indico
3 blogs, e são eles:

domingo, janeiro 26, 2014

Tag: 11 coisas sobre mim [again]...





Olá. Passei uns dias sumida aqui do blog, mas fiquei sem internet, por isso a demora em postar algo novo por aqui. E pra esse domingo, resolvi responder a [mais uma] Tag que recebi indicação, e dessa vez foi de Carol, do blog Livros e Nerdices.
Bom, como já havia respondido em outras, dessa vez não indicarei ninguém, quem quiser pode ficar a vontade para responder. 

Bem, preciso escrever 11 coisas sobre mim e responder às perguntas que Carol me fez. Vamos lá [again]

Confiram as respostas que dei aqui e aqui pois estou com preguiça mental. Sorry! 





As perguntas que Carol me enviou foram:

  • Já leu Isaac Asimov? 
Não, mas pretendo.

  • Já sentiu tédio ao ler um livro?
Sim, lendo Fausto - Goethe

  • Você gosta de livros de auto-ajuda?
Não aprecio mas já li alguns...

  • Qual o primeiro livro que você ganhou em 2014?
Foram 4, de uma só vez
A maçã envenenada, de Michel Laub; A confissão da leoa, de Mia Couto; Os vagabundos iluminados, de Jack Kerouac e Trainspotting, de Irvine Welsh.

  • Você compra livros em sebos?
São minha principal fonte de livros.

  • Você lê edições econômicas?
Sem problema algum.

  • Que personagem você gostaria de ser?
Dorothy, de O mágico de Oz. [menos na parte em que ela é órfã.]
  • Na sua cidade tem biblioteca comunitária?
Sim, duas. Mas uma delas tem mais coisas sobre 'cultura' expostas no espaço, que acaba não sendo uma biblioteca propriamente dita 

  • Se fosse escrever um livro, que título daria?
Memórias de uma futura morta...

  • Qual o seu vilão ou vilã favorito (a)?
Hum, difícil essa, hein... Dr. Jekill e Mr. Hyde
  • Que série você não leria nunca?
Crepúsculo. 



Espero que tenham curtido as respostas. Quem quiser responder as mesmas perguntas, me envie o link do post pra que eu veja o que vocês responderam. Bom domingo a todos, e obrigada a Carol pela indicação. 

terça-feira, janeiro 21, 2014

A casa do céu, de Amanda Lindhout.



"Na casa queimada, eu tomo o café da manhã.
Entenda: não existe casa, não existe café da manhã. Mesmo assim, aqui estou." 
- Margareth Atwood, Morning in the burned house.


Eis a epígrafe do livro A casa do céu. Partindo dessa premissa, imaginei o que estaria por vir na leitura desse livro, publicado pela Ed. Novo Conceito e cedido a mim por Karina [Serena Cabulosa] do blog Leitor Cabuloso. Lançado no final do ano passado aqui no Brasil pela editora, a autora Amanda Lindhout descreve em quase 450 páginas toda a trajetória de sua vida, desde pequena quando sonhava em conhecer o mundo, até o momento em que pôde tornar seu sonho realidade, e viveu o maior pesadelo que um estrangeiro poderia enfrentar num país que vive em conflitos de guerra: sequestro.

Desde pequena, Amanda teve uma infância mergulhada em revistas National Geographic e imaginava estar em vários lugares que aquelas imagens representavam. Quando começa a trabalhar como garçonete num pub, junta suas gorjetas e financia uma viagem com o namorado para a América Latina, como mochileira. Mesmo com os contratempos na viagem e a descoberta de não-tão-perfeição-assim que uma estada em outro país poderia proporcionar, ela se apaixonou pela experiência e acaba juntando dinheiro para outra viagem, dessa vez para a América Central. Com o fim do relacionamento, ela viaja com uma amiga, depois passa a cruzar as fronteiras sozinha, conhecendo várias pessoas de todas as partes do mundo. Se envolve com algumas delas, inclusive, mas nada muito especial. O que vale para Amanda é realmente a sensação de liberdade de vencer mais uma fronteira, de somar mais um país a sua lista de visitados. Em 4 anos, ela já havia entrado em mais de 40 países ao redor do mundo.

No extremo Oriente, ela sofre na pele o preconceito por ser mulher em algumas culturas como Bangladesh, em que é 'vetada' nos hotéis por estar viajando desacompanhada de um homem [marido ou irmão], conhece a religiosidade desses países, e se depara também com as dificuldades dos menos afortunados que lá vivem.
Volta e meia ela retorna aos EUA a fim de conseguir mais gorjetas para financiar suas viagens. Em sua ida ao Paquistão, após enviar e-mail para sua mãe avisando seu itinerário, Amanda se vê tentada a entrar no Afeganistão, Iraque e países que vivem o pesadelo de sofrerem atentados terroristas e guerrilhas étnicas, entre outros conflitos. Numa dessas viagens, conhece um rapaz, fotógrafo freelancer, que se envolve com Amanha e lhe ensina como ela pode custear suas idas e vindas vendendo fotos para jornais e revistas. Nigel segue com Amanda por vários locais, mas depois que ela descobre algumas coisas sobre a vida ele, o relacionamento acaba esfriando. Mas de posse de uma câmera, ela segue o conselho dele e vai trabalhar como jornalista e fotógrafa de guerra, em países mais 'perigosos'. Conhece vários profissionais do meio, se emprega em um jornal tendencioso, enfrenta alguns olhares de desprezo de alguns parceiros de profissão, mas não desiste.

Tempos depois ela convida Nigel para mais uma viagem, em que recebe vários conselhos para não ir: Somália. Ela o convence de que uma cobertura sobre a situação do país pode trazer bons frutos para ambos, e ele acaba aceitando, embora apreensivo.
No quarto dia na Somália, eles são sequestrados, e a partir daí, o livro se concentra nesses dias nebulosos em que estiveram cativos, sofrendo humilhações, violência, fome, desespero, medo de morrer, saudades de casa, tensão em negociar seus preços com as autoridades de seus países [Nigel é australiano]. Amanda sofre todo o tipo de horror que o leitor imaginar, desde castigos psicológicos a físicos. Se converteram ao islamismo, numa tentativa de se salvarem dos sequestradores, tentaram fugir quando perceberam que 'o cerco estava se fechando', aprendeu um pouco de árabe...Enfim, ela fez de tudo para não ter seu pescoço degolado. As negociações com suas famílias não chegavam ao fim, as famílias deles ficaram de mãos atadas, tentando o que podiam para resgatar os dois, levantando o valor que os raptores exigiam.
Nesses 15 meses em cativeiro, Amanda se refugiava em suas lembranças a fim de anestesiar seu próprio medo. Separada de Nigel, se comunicava com ele por sinais, bilhetes escondidos no banheiro, pelas paredes dos quartos. Amanda seguia em frente com esperança, astúcia, buscando a compaixão daqueles homens, alguns garotos inclusive, que ela sabia que estavam naquela situação devido aos próprios problemas pessoais, que apesar de serem seus raptores, por baixo daqueles rostos juvenis, haviam seres humanos como ela, e que ela deveria perdoá-los por todo o mal que estavam fazendo a ela e Nigel. Perdida nesses pensamentos, Amanda tentava sobreviver...

O livro é denso, cheio de momentos fortes, faz o leitor se colocar no lugar da protagonista. Eu creio que não suportaria o que ela passou, não creio ter toda essa força de vontade e resistência... Uma das passagens que mais me marcou foi num momento em que a levaram de carro até o deserto, e fizeram com que ela falasse com a mãe ao telefone, implorando para que ela pagasse o resgate ou ela seria morta. Ela viu a morte naquele momento, da forma cruel em que as vítimas de sequestro são condenadas pelos extremistas religiosos muçulmanos. O que mais me chocou, além do ato perverso em si, foi a data em que isso aconteceu: uma noite de 13 de dezembro, em 2008. Dia do meu aniversário. Imediatamente veio à minha cabeça o que eu estava fazendo no dia. Pensei: enquanto eu comemorava meu aniversário com amigos, uma canadense estava prestes a ser degolada viva na Somália... A coincidência me perturbou demais. Sei que todos os dias, em aniversários de todo mundo do planeta, pessoas nascem e morrem, mas sendo no meu dia, em particular, senti uma sensação de angústia tardia. O fato me tocou profundamente, abalou meu estado de espírito... A leitura partiu do 'entretenimento' para uma reflexão pessoal profunda...

Em suma, é um livro que merece ser lido. Amanda foi perseverante, e o desfecho de sua história precisa ser lido. É um livro que toca, choca, nos põe à reflexão, nos ensina questões sobre compaixão, e de como sobreviver em meio ao caos, de como não perder a cabeça em situação tão extrema... Eu não queria dormir, só pra ler o livro todo logo, devorar suas páginas intensas... O terrorismo nos foi mostrado de um ângulo íntimo, e não da forma como nos chega, pelos 4 ou 5 minutinhos de uma matéria no jornal sobre 'notícias internacionais'... a perspectiva é mais profunda, mais humana...

P.S: Esse livro está na lista do Desafio de Férias 2014 que resolvi fazer. Você pode saber quais outros títulos escolhidos clicando aqui. 

domingo, janeiro 19, 2014

Edgar Allan Poe e sua vida extraordinária...





Hoje, 19 de janeiro, seria o aniversário de Edgar Allan Poe, um dos escritores de terror mais famosos do mundo literário. Ele faria 205 anos se estivesse vivo... Bom, a fim de lembrar de seu dia, resolvi falar um pouco sobre minhas impressões de leitura de sua obra, bem como de sua [breve] vida... Nasceu em Boston, no ano de 1809. Ficou órfão aos 2 anos e foi adotado por um comerciante rico, indo viver na Escócia e Inglaterra, recebendo uma educação clássica. Estudou latim, grego, francês, espanhol e italiano, mas devido ao jogo, acabou abandonando os estudos na Universidade de Virgínia. Quando retorna a sua cidade natal, publica Tamerlão e outros poemas

Depois de um tempo ele partiu para Nova York onde começou a publicar seus textos, vivendo de forma dedicada à literatura. Manuscrito encontrado em uma garrafa, escrito em 1833, ganha seus primeiros 50 dólares, tornando-se editor e redator do Literary Messenger. Por problemas com álcool, acabou sendo demitido do emprego. Em seguida surgem seus contos A queda da casa de Usher Contos do Grotesco e do Arabesco. Chega a publicar um romance policial intitulado Os crimes da rua Morgue e um tempo depois publica o conto O escaravelho de Ouro
Em 1848, publica seu mais famoso poema, O Corvo. Um ano depois de ter publicado seu mais famoso trabalho, acaba falecendo, de causas até hoje desconhecidas, após ter sido encontrado caído numa rua, inconsciente. Foi levado ao hospital mas morreu um tempo depois... 

O que se pode dizer da obra de Poe é que os elementos mais utilizados e que são a marca registrada do autor são os personagens neuróticos, os distúrbios de mentes perturbadas, e a dualidade do indivíduo. Os planos de fundo de suas histórias são brumosos, inquietantes, claustrofóbicos e ricamente detalhados. Morte e fatalismo são constantes em seus contos, levando o leitor a um mundo desconhecido e profundo da mente humana. Edgar Allan Poe é considerado um 'poeta maldito' da Literatura clássica universal. Contos do Grotesco e do Arabesco foi publicado em 1848 como Histórias Extraordinárias

Tenho apenas um exemplar do autor [Histórias Extraordinárias], pois o primeiro livro que comprei dele foi emprestado e nunca mais me devolveram. ¬¬ Comecei a ler sua obra a partir de textos em sites e baixando pdf's. Dentre eles, os mais notáveis são Os crimes da rua Morgue, O mistério de Marie Rogêt, O poço e o Pêndulo, Berenice, A queda da casa de Usher, O coração delator e O gato preto. Existem muitas adaptações cinematográficas baseadas em seus contos.




"Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o corvo disse: "Nunca mais".






O famoso 'Nevermore', única fala do pássaro agourento do poema  O Corvo, é tatuado por muitos fãs de Poe. Penso em tatuar a imagem do corvo acima em alguma oportunidade. Mas com certeza, minha próxima tattoo será da imagem abaixo, onde vemos O gato preto e o Corvo formando o rosto de seu criador. Assim que eu tatuar, posto a imagem aqui pra vocês... 




Espero que tenham curtido o post. Espero que se não leram Poe, a partir de agora procurem seus livros, pois é uma obra rica, profunda, com toques de assustadora. Digo e repito: ser fã de literatura de horror e não ter lido nada de Poe soa como heresia... 

Até a próxima... Nevermore... [tô brincando rsrs]

sexta-feira, janeiro 17, 2014

A dama do cachorrinho e outras histórias - Anton Tchékhov


Há 154 anos, no dia 17 de janeiro de 1860, nascia na cidade de Taganrov, no sul da Rússia, um dos maiores escritores da literatura russa, Anton Pávlovitch Tchékhov. Formado em Medicina, acabou deixando a profissão de lado para se dedicar à arte de escrever. O autor é bastante famoso por seus contos, sobretudo curtos, que escreveu até pouco tempo antes de falecer, em 1904. Ele se destaca pela escrita mordaz, de humor irônico, utilizando pessoas comuns como personagens, bem como cenas do cotidiano. Além dessas características, é fácil perceber certo toque de melancolia em suas obras... Sem muito drama e ausência de situações complicadas, Tchékhov fala sobre a realidade de seus personagens de forma fluída, mostrando de maneira sutil o interior deles. No dia 1 de julho de 1904, aos 44 anos, falece em um sanatório alemão, devido a tuberculose... No conto A noiva, o personagem Sacha pode ser considerado autobiográfico, devido a seu desfecho...

Meu primeiro contato com o autor foi breve, em 2009, quando li seu conto A aposta. Depois disso, nunca mais flertei com seus escritos, até que há poucos dias, me deparei com A dama do cachorrinho [e outras histórias] dando bobeira num sebo. Não pensei duas vezes em comprá-lo e posso dizer que todos, exatamente TODOS os contos do livro me fascinaram. São eles: A morte do funcionário, O enxoval, Aniúta, A corista, Vanka, Vérotchka, Zínotchka, A irrequieta, Anna no pescoço, Iônytch, A dama do cachorrinho e A noiva. Difícil escolher apenas um para discorrer a respeito. Os que mais me empolgaram estão em destaque. 



Vanka é um menino que resolve escrever uma carta a seu avô, fazendo um apelo para levá-lo de volta para casa, pois é época de natal e o menino se encontra longe de seu avô, após ter perdido os pais. 
É um relato leve e ao mesmo tempo desesperado de uma criança que se encontra envolta a uma atmosfera de violência e maus-tratos, que anseia voltar ao aconchego de seu lar.
A corista é sobre uma mulher que procura uma amante de seu marido, implorando para que esta lhe entregue os presentes dados a ele para ela, pois precisa saldar as dívidas do indivíduo ou seus filhinhos passarão fome.
A morte do funcionário é sobre um homem insistente, que após um incidente no teatro, vai se desculpar com o homem a quem sem querer respingou ao espirrar. As premissas parecem irrelevantes ao ler do que se trata cada história, mas quando se lê o conto, a percepção do leitor vai sendo despertada... 





Sovinices, adultérios, despedidas, miséria, mortes e amores confusos e proibidos se mesclam em toda a obra, fazendo de A dama do cachorrinho [e outras histórias] um livro completo, fantástico e reflexivo. Faz com que o leitor adquira vontade de adentrar-se nos costumes russos. É uma boa pedida para quem quer conhecer a obra de Anton Tchékhov... 


P.S: Esse livro está na lista do Desafio de Férias 2014 que resolvi fazer. Você pode saber quais outros títulos escolhidos clicando aqui.


quarta-feira, janeiro 15, 2014

Resenha: The Walking Dead - A ascensão do Governador

Em dezembro li 22 livros. Alguns bons, uns regulares, mas o que mais me tirou o fôlego e me deixou pasma de surpresa foi o livro A ascensão do Governador - The Walking Dead, de Robert Kirkman. Sou muito fã da série, li praticamente todos os quadrinhos [em pdf, imaginem a 'secura', como falamos aqui no Nordeste], e vivo acompanhando os detalhes da história. Nada mais justo que ver a história pela perspectiva dos livros, que são bem distintos da série e dos hq's. 

A ótica dos livros se concentra na figura do Governador [odeio essa criatura]. No primeiro livro descobrimos o que houve com Penny, que ele tinha um irmão e o que houve antes de se encontrar com as pessoas que formariam Woodbury. Nos deparamos com a narrativa partindo de Brian, um cara medroso, que não ajuda em nada o irmão Philip a se livrar dos mordedores que atazanam o caminho deles. Com alguns amigos, eles tentam sobreviver em meio ao caos que o mundo se tornou, desde que as 'pessoas' começaram a se devorar umas as outras. 



Entre idas e vindas, eles encontram outros personagens pelo caminho, que são apresentados de forma diferente na série. Achei essas modificações até interessantes. É meio confuso você conhecer tal personagem de uma forma e quando vai ler o livro, os encontra de forma totalmente diferente. Mas ao mesmo tempo é impressionante.

O personagem Brian, ao menos pra mim, é ridículo, chega a ser irritante e por vezes eu desejei vê-lo morto pelos zumbis. Seu irmão Philip é mais estourado, calculista e faz de tudo para que sua filha Penny seja protegida. Sua agressividade os salva em vários momentos, e mesmo quando alguns do grupo vão ficando pelo caminho, ele tem em mente proteger sua filha, mesmo que se sacrifique pra isso...

Ambos os irmãos são bem distintos, tanto em caráter como em personalidade. Em vários momentos, eu não sabia qual me irritava mais. Se bem que, por vezes, eu sentia certa 'simpatia' por Philip, pai de Penny. Os detalhes do livro são impressionantes. Descrições de cenários, diálogos, flashbacks, enfim... tudo corre de maneira a deixar a leitura empolgante e em nenhum momento ela se torna cansativa. Eu comprei o box em novembro, pela revista AVON, e mesmo sendo em versão econômica, eu não me arrependi. O segundo livro, que se concentra na própria Woodbury, não me empolgou tanto como o primeiro volume, mas me deixou excitada para ler o terceiro volume... 

Outro fator interessante é a reviravolta que o livro dá em seus momentos finais. Eu fiquei simplesmente boquiaberta com o desfecho. Nunca, em mil anos de vida, eu descobriria o 'auge' da história. Não posso nem entrar em detalhes sem estragar a surpresa do livro, mas decerto vai deixar de queixo caído quem for ler esperando uma coisa e a história se mostrar outra...

Eu me pegava lembrando várias passagens da série ao longo da leitura. Pra quem é fã dos quadrinhos e da série, decerto vai amar os livros. A ascensão do Governador é um belo presente, e rende horas fartas de deleite, suspense, tensão e surpresas... Imperdível... 

terça-feira, janeiro 14, 2014

Experimentos literários

Esses dias me veio à cabeça fazer um post sobre algumas metas que planejei pra mim esse ano. Algumas de caráter pessoal, e outras que dizem respeito a minhas leituras para 2014. Então, resolvi compartilhá-las com vocês, meus queridos leitores.



Além do Desafio de Férias [em que estou me saindo muito bem] e do Desafio Literário 2014 [que ainda não teve êxito], resolvi fazer do ano de 2014 um ano de Experimentos literários: ler autores que até então nunca tinha lido nada, mas que ouço falar muito bem a respeito. Alguns eu já possuo em minha 'estante', outros eu pretendo pegar emprestado ou comprar, enfim... de alguma maneira ter a obra em mãos para ler, nem que seja emprestado.
Minha meta será com essa lista de autores:

  1. Vladimir Nabokov
  2. Gabriel García Marquéz
  3. Mia Couto
  4. Irvine Welsh
  5. Anne Rice
  6. Michel Laub
  7. Chuck Palahniuk
  8. Nick Hornby
  9. Márcia Denser
  10. Anna Akhmatova
  11. Rubem Fonseca
  12. José Saramago
  13. Hermann Hesse
  14. Hilda Hilst
  15. Marquês de Sade
  16. Lord Byron
  17. Jean-Paul Sartre
  18. Lygia Fagundes Telles

Já conheci alguns autores esse ano e por essa razão estão riscados. A medida em que eu for lendo, vou eliminando da lista [que ficará 'linkada' na barra lateral do blog]
Alguns são de indicações que vi em blogs, outros de amigos ou de referências que peguei em outras leituras.. Pretendo ler ao menos uma obra de cada um deles. Vamos ver se consigo... 

Mais uma meta é ler livros infantis o máximo que eu puder. Quero montar uma estante com obras infantis para ler para o meu sobrinho Miguel...
Outra meta que tenho para esse ano é visitar mais bibliotecas. Tem duas bibliotecas em minha cidade e não visito nenhuma. Heresia.
Pretendo terminar ao menos 10 livros que estou 'lendo' e ainda não terminei, entre eles Dom Quixote. 
Outra meta: ler um clássico da literatura brasileira a cada dois meses. Tenho vários na estante que ainda não foram lidos. E se eu conseguir, fazer também umas [re]leituras de clássicos [assunto pra outro post...]
A última meta que quero me impor é tentar comprar o mínimo de livros possíveis a cada mês. Preciso me segurar e comprar menos de 10 livros. Vamos ver se consigo também essa proeza...





domingo, janeiro 12, 2014

Resenha: A volta do parafuso, de Henry James

Bom, estou super mega hiper atrasada pra postar essa resenha, mas a questão foi que eu emprestei o livro pra um amigo e de lá pra cá não tive tempo de ir buscar na casa dele, porque eu gosto de fazer as resenhas com o livro em mãos, pra [re]ler alguns trechos, vezemquando selecionar algumas quotes e coisas do tipo, mas vai demorar pra que eu tenha ele em mãos novamente, e pra não acumular mais resenhas do mês, resolvi escrever assim mesmo, 'às escuras'.


A volta do parafuso é uma obra escrita por Henry James. Ganhei esse livro no Amiga Secreta do Dose Literária [Mara Vanessa foi minha AS querida] e assim que chegou, terminei uma leitura pra começar a lê-lo. E terminei de ler duas horas depois... O enredo fala sobre uma governanta que cuida de duas crianças órfãs em uma mansão afastada de Londres, onde aparecem os antigos empregados da casa, já mortos, que tomavam conta da educação das crianças antes de morrerem... Quem já assistiu o filme Os Outros, com Nicole Kidman, vai ficar familiarizado com o enredo, que foi baseado na história desse livro. Achei a leitura fantástica. Além desse filme, existem mais dois que são baseados na obra de James, Os inocentes e Os que chegam com a noite.

A história é de terror, mas tem uma carga de tensão psicológica que beira a paranóia. Vi algumas opiniões bem distintas sobre o livro, algumas pessoas acham que a sexualidade pode ser um fator importante pra explicar a trama do livro. Outros acreditam que é um livro que fala sobre fantasmas, e apenas eles. Na minha interpretação, achei possíveis ambas as 'teses', mas prefiro encarar o livro como uma obra de suspense e terror fantasmagórico, sem anular a questão psicológica sexual, claro. O teor sexual é forte, pois aborda questões acerca do afloramento da sexualidade em crianças, violência sexual infantil e outras temáticas pesadas, mas que se mostram subentendidas na história. É bem possível que o autor quisesse passar realmente essa impressão 'freudiana' do assunto, e tenha se utilizado de elementos de terror para dar ênfase a um assunto tão complexo na época. 

A governanta Giddens é contratada por um homem rico para tomar conta de seu casal de sobrinhos, duas crianças órfãs que ele não quer ter contato. Ele paga tudo o que for necessário para a educação dos dois, mas como é um homem ocupado, solteiro e de negócios, não sente afeto para dar a seus sobrinhos, por isso a decisão de contratar alguém que faça o papel de 'mãe' de Flora e Miles. A senhorita Giddens vai morar na mansão em que as crianças se encontram e apesar da beleza do local, algo se revela ameaçador e aterrorizante aos seus olhos...

Seriam espíritos dos antigos empregados da casa que surgem para fazer algum mal para Flora e Miles? Ou seria a mente perturbada por desejos sexuais reprimidos da governanta que a levam a um estado de loucura e asfixia psicológica? No decorrer da leitura, nos deparamos com descrições detalhadas de cenário, e nos imaginamos dentro da história [ao menos foi assim comigo]. Eu adoro descrições, detalhes minuciosos, e quando se trata de histórias de horror, fico ainda mais receptiva a esse tipo de narração. O livro não peca nesse sentido. 

A história é um misto de possessão, loucura e lirismo mórbido. É praticamente impossível abandonar a leitura assim que você começa o primeiro capítulo. Recomendo ler numa noite de chuva, tempestuosa, à meia-luz... 

Mais uma vez perdão pela demora em postar a resenha desse livro, e espero que tenham gostado. Deixem suas opiniões acerca da obra, seja o livro ou algum[ns] dos filmes...
Até a próxima... 

sábado, janeiro 11, 2014

Tag 11 things about me


Olá, pessoal. Recebi outra indicação dessa TAG no blog parceiro Estante Jovem e resolvi responder novamente. O que eu tenho que fazer é indicar 11 blogs pra responder a 11 perguntas feitas por mim, e responder a 11 perguntas que o blog que me indicou fez. Além disso, preciso responder 11 coisas sobre mim. Eu já tinha respondido uns dias atrás outra indicação dessa Tag, por isso os blogs que indiquei antes permanecem praticamente os mesmos nesse post [mudei alguns]. E vou falar outras 11 coisas sobre mim pra não ficar repetido. 

Eis as regras:

1 - Escrever 11 coisas sobre você.
2 - Indicar 11 blogs.
3 - Fazer 11 perguntas para os blogs indicados.

11 coisas sobre mim...

Não resisto a estampas de oncinha, coruja, caveirinhas, gatos, xadrez e poá [bolinhas]
Tenho coleção de coleções
Meu sonho é tocar numa baleia
não gosto de chocolate branco
amo brinquedos dos anos 80
minha inspiração pra ter cabelo colorido é Cyndi Lauper
sempre me choco com histórias de guerra.
odeio filme dublado, só assisto quando não tenho alternativa.
amo livros infantis.
adoro dar livros de presente
quando pequena, achava que nuvens eram de algodão doce...


11 blogs indicados:

1 - World Book 4 You
2 - Highway das Letras
XXXXXXX
4 -Memórias de uma leitora
5 - Memórias Resenhadas
6 - Imaginação Literária
7 - Miih e o mundo literário
8 - Bibliophiliarium
9 - Parte de minha história
10 - Na estante de um garoto
11 - Portão Azul



As perguntas que recebi para responder:

1)Qual seu livro predileto?
Difícil escolher apenas um. Mas o que vem à minha cabeça no momento é Delta de Vênus, de Anais Nïn.

2)Você se inspira em alguém ou tem um grande ídolo?
Amy Lee e Leonardo DiCaprio rsrs

3)Quantos livros você tem?
Uns 560 livros [físicos]

4)Qual foi sua maior compra feita em livros?
na Bienal do Livro 2013

5)Seu autor favorito?
São vários, impossível escolher um só. Vou citar UM deles: Jack Kerouac.

6) Uma paixão, além de ler?
gatos.

7)Gosto de animais? Tem algum?
sim, vários cães e gatos. [tenho um abrigo de animais em casa] E tenho um peixe na casa do meu namorado ^^

8)Qual você prefere, livros nacionais ou estrangeiros?
Gosto de livros que me 'tocam' independente da nacionalidade do autor.

9)Um livro que marcou sua infância?
Tem 3 que até hoje procuro em sebos pra comprar: História de Trancoso, O patinho feio e A casa sonolenta. Toda vez que vejo esses livros, volto uns 20 anos no tempo...

10)Você gosta de fazer mais alguma coisa enquanto está lendo?
comer rsrs

11)A quanto tempo você tem o hábito de ler?
Desde que aprendi as primeiras letras [5,6 anos de idade]


As perguntas que os 11 blogs que indiquei acima terão que responder:


1 - Qual seu livro favorito? Por quê esse livro é o favorito?
2 - Qual o livro que você mais odiou?
3 - Qual sua comida favorita?
4 - Qual sua cor favorita?
5 - O que você mais gosta de fazer?
6 - Qual o seu maior sonho?
7 - Você tem alguma mania? Qual?
8 - Qual foi o passeio mais legal que você já fez?
9 - Se você pudesse visitar um lugar fictício, qual seria?
10 - Se pudesse trazer a vida um personagem de livro, qual seria?
11 - Qual é uma coisa que um montão de gente gosta e você não gosta?



Espero que curtam minhas respostas, indicações e perguntas...
beijinhos entorpecedores... ;)

sexta-feira, janeiro 10, 2014

Tag - Desafio de Férias 2014



Fui indicada para fazer o Desafio Literário de Férias pelo blog parceiro Books and things and movies que consiste em:


  • Escolher uma quantidade de livros para ler entre os dias 18 de dezembro e  5 de fevereiro. [Estou super atrasada], tem que ser no mínimo 5 títulos, nunca abaixo disso.
  • Citar quais livros escolhidos [poste a lista]
  • Fazer a postagem dando início ao desafio e no último dia, fazer outro post anunciando se conseguiu ou não realizar a meta.
  • Indicar [e avisar] 6 blogs para realizarem o Desafio.


Minhas escolhas foram as seguintes:
  1. Junky - William Burroughs [Será minha segunda obra dele]
  2. Manuscritos do mar morto - Adam Blake [Vim protelando a leitura mas desse mês não passa]
  3. A dama do cachorrinho - Anton Tchekhov [Outro de literatura russa. Desse autor, só havia lido um conto, A aposta, e resolvi me aprofundar na obra dele]
  4. A casa do céu - Amanda Lindhout e Sara Corbett [mais uma leitura que não posso deixar de ler esse mês]
  5. TrainspottingIrvine Welsh [Sou apaixonada pelo filme e como ganhei o livro, quero começar o quanto antes a leitura dele]
  6. Os vagabundos iluminados - Jack Kerouac [Será meu sexto livro lido do autor, e há mais de um ano eu procurava pra comprar esse título e nunca achava. Agora que ganhei uma edição, não vou perder mais tempo pra ler]


Não escolhi mais títulos, porque dois deles são bem grossos, e prefiro colocar poucos pra dar conta do que estipular um monte e não dar conta da lista. 

Os blogs que indico são:


quarta-feira, janeiro 08, 2014

Top 5 - Casais literários

Olá pessoal. Depois de uns dias sem postar por aqui [passei um fim de semana longe do computador o/],resolvi fazer um Top 5 de casais da literatura que eu amo de paixão. Não vou colocar em ordem de preferência porque simplesmente não tenho condições psicológicas para fazer isso [sente o drama]. Amo os 5 pares por igual hehe

Então vamos à lista:

"Estas alegrias violentas tem fins violentos. Falecendo no triunfo, como fogo e pólvora. Que num beijo se consomem." 

Sim, eu sei que é o casal mais piegas/clichê da literatura clássica universal, mas eu sou apaixonada por histórias trágicas, com desfechos [in]felizes e Romeo e Julieta [prefiro escrever o nome dele com o u.u] não poderiam ficar de fora dessa lista... A imagem 'meramente ilustrativa' não poderia ser de outra adaptação que não a de Baz Luhrmann [única versão do livro que assisti e com esse Romeo... aiai... Vocês sabem como sou louca por Leonardo DiCaprio, então tá ótimo] 
Não vou me aprofundar numa análise [rasa] dos personagens, e sei que muitos não concordam com o 'amor verdadeiro' entre os dois, que foi burrice e blá blá blá deles terem se matado [não é spoiler. TODO mundo sabe disso u.u] porque haviam outros meios de acabar a história. MAS Shakespeare escreveu assim e eu gostei, e ponto final. Embora a versão do filme de Luhrmann seja beeem distinta do clássico, achei a 'roupagem' interessante e criativa... E olha que costumo detestar adaptações que mexem demais com o roteiro, ainda mais de um clássico, mas enfim... Eis um casal com uma história linda, trágica, com uma carga emocional densa, que me encanta e não canso de [re]ler... 

"Romeu: Se profanei com minha mão sacrílega o santo relicário dessa mão, para tão doce falta a doce pena é esta: Meus lábios, dois humildes peregrinos, só vos pedem a graça de expiar com ternos beijos a profanação da minha rude mão.
Julieta: Meu bom romeiro, sois severo demais com a vossa mão, que só mostrou com isso a sua devoção.As santas também têm mãos, que os romeiros podem tocar, quando eles bem desejam. E unindo as palmas é que as mãos se beijam.
Romeu: As santas e os romeiros não têm lábios?
Julieta: Sim, romeiro, mas só para a oração.
Romeu: Oh! Se assim é, minha querida santa, que os lábios façam o que fez a mão! Eles vos rogam; concedei a graça, para que a sua fé não se desfaça!
Julieta: não precisam se mover.
Romeu: Ficai imóvel, pois, minha santa querida, enquanto eu colho a graça concedida.(Beija-a)
Vossos lábios dos meus o pecado apagaram.
Julieta: Mas com o vosso pecado os meus ficaram!
Romeu: Ficaran com o pecado? Ó doce usurpação! Restitui-me o meu pecado então!(Beija-a de novo)
Julieta: Sois perito na conta de beijar! Como a voz dos amantes tem à noite um som tão melodioso e enternecido! Que música é mais doce para o ouvido? Boa noite! Boa noite! Boa noite! A despedida é dor, tão doce, todavia, que te darei boa noite até que seja dia."
Muito besta Romeo, não? rsrs


O segundo casal pode parecer fora do convencional para alguns [e se retire de minha página quem for homofóbico], mas pra mim é um casal perfeitamente normal, com sentimentos, dores e emoções sem precisar de uma 'mocinha' como parte 'fundamental'. [quanta rima chata]. Jack Twist e Ennis del Mar, a meu ver, formam um dos casais mais lindos da literatura contemporânea. Tragédia, intensidade, sofreguidão e voluptuosidade, tudo pesado na medida transbordante do amor, que me faz ser apaixonada pela obra em questão. O segredo de Brokeback Mountain é daqueles livros curtos que fazem o leitor lamentar não ter mais páginas. Mas a autora foi esperta em não encher linguiça num texto que fala tudo o que tem a ser contado com tão poucas páginas... E emociona...



"Eles se agarraram pelos ombros, abraçaram-se com força, cada um espremendo o ar de dentro do outro, e eles ainda agarrados, peito e virilhas e coxas e pernas coladas, pisando nos pés um do outro até se separarem para respirar."


Do clássico de Jane Austen, Orgulho e Preconceito, Elizabeth Bennet e Mr. Darcy [quem não queria um Mr. Darcy, não é?] são um casal irresistível. Ela: impetuosa, uma eterna inconformada com seu 'ao redor'. Ele: arrogante, misterioso e charmoso [combinação de elementos que me fazem suspirar]. Confesso que tive raiva dele no início, mas ao mesmo tempo, fiquei curiosa em descobrir porque ele agia daquela forma no começo do livro. E depois, a curiosidade arredia foi se transformando em paixão pelo personagem. Elizabeth é o tipo de 'mocinha' que me encanta. Não é daquelas 'cocotas' como suas irmãs mais novas, tem personalidade e determinação. Além de ser super teimosa e revoltada. hehe Juntos, são um casal estonteante...  



“Quando, finalmente, estiver segura do amor dele, terá todo o vagar para, por sua vez, se apaixonar como ela bem o entender”.


 Agora, vamos falar no delicioso Marlon Brando. Quem já leu Último Tango em Paris, certamente correu atrás da versão cinematográfica estrelada por esse divo. E quem conhece a obra, certamente vai achar o personagem detestável, e talvez ache a história sem sentido, sem graça, sem N' coisas que denominem Paul e Jeanne como um 'casal' perfeito e apaixonado. Mas vamos lá: 
A obra foi escrita por Robert Alley e o filme é de Bernardo Bertolucci,  motivo de polêmica na época em que foi feito por causa da famosa 'cena da manteiga' [que eu nem achei polêmica assim]. Perversões à parte, o que acho genial nesses dois personagens não é o mundo pessoal deles, e sim, o que ocorre com os dois em seu universo 'particular': o apartamento que eles se conheceram e pretendiam alugar, cada qual com seus propósitos. Não é amor romântico, convencional. Esse casal foge completamente do 'lugar-comum'. E é justamente por isso que gosto tanto dos dois. É uma história meio que remotamente possível de acontecer, com elementos religiosos, morais e afins 'perseguindo' a vida de ambos lá fora. Dentro do apartamento, nem os nomes são permitidos. O 'ninho' deles é apenas para satisfação sexual, sintonia e descobertas. Mas confesso que a química dos dois personagens me deixou encantada, e quando vi o filme, só confirmei o que já sabia: eles eram realmente um dos meus casais preferidos da literatura...


"-Eu sou eu, você é você. Eu e você. Sem nome, sem profissão, sem vínculo nenhum com a vida aqui fora. Nós dois."


Para encerrar o post, não poderia deixar de fora o casal mais tempestuoso, triste [mais que os anteriores] e devastador da literatura clássica mundial. Saindo das páginas de O morro dos ventos uivantes, da escritora Emily Brontë,  Heathcliff e Catherine Earnshaw  tem temperamento forte, impulsivo e destrutivo. Eles se amam, se odeiam, tudo ao mesmo tempo. Nunca vi relação mais conflituosa que a desses dois... Além de uma trama de horror [ainda pensam que o livro é uma história apenas de amor], os elementos que compõem a narrativa me encantam de maneira absurda... Me identifico demais com Heathcliff, apesar dele ser odioso o tempo inteiro. A dor que dilacera sua alma por ter perdido sua amada, o faz perder a sanidade pouco a pouco, de forma irreversível... Conhecer Catherine por meio de seus devaneios e assombros é extraordinário. É uma relação possessiva, doentia, profunda e torturante... porém linda... Esse casal me arranca suspiros até hoje. Vi duas versões cinematográficas: a de 1992, com Juliette Binoche e Ralph Fiennes [e adorei a sintonia entre os dois] e a versão de 2009 [que apesar de não ser tão fiel a obra quanto o filme de 92, eu gostei]. Pretendo ver as outras versões ainda... Mas em questão de química, Binoche e Fiennes foram meus preferidos... 




"Meu amor por Heathcliff é como as pessedias que nos sustentam: podem não ser um deleite para os olhos, mas são imprescindíveis. Eu SOU o Heathcliff. Ele está sempre, sempre em meu pensamento. Não por prazer, tal como não sou um prazer para mim própria, mas como parte de mim mesma, como eu própria. Portanto, não voltes a falar na nossa separação, pois é algo de impraticável, e..."


Então é isso. Espero que tenham curtido o post. Fiquei com vontade de [re]ver os filmes e [re]ler os livros...
Até o próximo post, pessoas queridas. ^.~
Beijinhos entorpecedores...

domingo, janeiro 05, 2014

Correios - [Envios e recebidos] - 8

Olá, pessoal. E vamos a mais um post Correios pra mostrar a vocês o que andei enviando e recebendo em Dezembro. Como é o mês do meu aniversário, vou colocar no post alguns presentes que ganhei na data, e alguns não vieram pelo correio, foram entregues pessoalmente, ok?

No dia da Feira Japonesa [01/12/2013] encontrei com Carol do blog Livros e Nerdices e ela me presenteou com o livro Feita de fumaça e ossos, marcadores de livro, uma bolsa púrpura linda, uma sandália de oncinha e brincos de caveirinha, além de um colar de pentagrama. Amei todos os mimos, mas o melhor foi a companhia dela. 


Participei de dois amigos secretos na escola onde trabalho e a aluna do sétimo ano me deu uma camisa de Jack Daniels. Bem, eu nunca provei do Whisky [nem bebo, na verdade] e ela me deu achando que eu gostava. Enfim... Confesso que não me animei muito mas tô usando a camisa rsrs 


Tive mais sorte com a aluna do oitavo ano que me tirou e me deu de presente, numa linda caixa roxa com estampa poá o livro Diário de uma Paixão, de Nicholas Sparks [meu segundo título dele]. ainda não sei dizer se gosto do autor, mas curti muito o livro, chorei demais, assim como quando assisti o filme [por esse motivo quis ler o livro, porque gostei do filme]. Além do livro, Ianka me escreveu uma cartinha linda que me deixou emocionada, além de um marcador de texto e uma lapiseira, tudo roxinho hehe



Enviei cartas esse mês para Eni, Mara e cartas com livros de aniversário para Pathy e Tamara [minhas queridas do Dose Literária]. Enviei há poucos dias um livro para Rosaine, uma moça do Skoob que me deu livros esse ano, um kit de marcadores para Ítalo Sousa, do blog Incriativos e o livro surpresa do Top Comentarista para Tamara. No dia seguinte, enviei o prêmio do sorteio de 6 anos de blog, para Paulo Henrique, o vencedor do sorteio. A imagem abaixo é de algumas dessas cartas que enviei, não tirei de todos os pacotes...


Lúcio Gonçalves, editor da Ed. Ocelote [parceira aqui do blog], me enviou um livro de cortesia, chamado O berçário das Almas.



Recebi também de outra garota no Skoob [Pâmella] 3 livros de Dalton TrevisanDesastres do Amor, Crimes de paixão [lido] e A guerra conjugal. Fiquei muito feliz de ter ganho esse presente, e mal nos conhecemos, mas ela quis me doar,  eu aceitei. Simples assim. hehe


Dei uma passadinha em Recife, pra encontrar Karina do Blog Leitor Cabuloso, e ela me deu as cortesias do mês da Editora Novo ConceitoDe coração para coraçãoDente por Dente e A casa do Céu. Como era véspera de meu aniversário [dia 12], ela me deu de presente o livro Uma Duas, da autora Eliane Brum. Como estávamos na Livraria Cultura, aproveitei e comprei uma bag pra mim, e pegamos vários folhetos e marcadores de página... 


Esqueci de tirar photo da bag, as lombadas dos livros são lindas, não? Três foram lidos [2 resenhados] e A casa do céu será lido e resenhando ainda esse mês...


Minha irmã me deu um rímel da AVON e uma lingerie. Meu pai me presenteou com uma caneta e minha mãe me deu um Panetone [amo *.*]. Ganhei de uma aluna do Nono ano uma caixa de sabonete e um hidratante de maçã e framboesa, da linha TodoDia, da Natura. Infelizmente, não deu pra tirar photo de tudo. =/

Alguns dias depois, recebi cartinha de Mara, em que ela me enviou uns marcadores lindos, chá e uma carta muito fofa. 


O book-gift [como ela mesma fala] chegou depois da carta, e já terminei a leitura dele: Sexta-Feira Negra.


Recebi um pacotão de Eni e Pathy, que juntaram os mimos de aniversário pra me enviarem no mesmo pacote. Pense numa felicidade ao ver tantos docinhos, chicletes *-*, cartões de aniversário, Postal e adesivos, no meio de tantos presentes. Ganhei esmalte, vela decorativa, uma mini-caneca de Natal linda, marcadores de página, post-its, bloquinhos e um porta-trecos de gatinho, da loja de Eni, Paper St. Vale a pena visitar e fazer umas comprinhas, pessoal. 



Os livros que ganhei de Pathy e Eni foram Memorial de Aires, de Machado de Assis, O assassinato de Roger Ackroyd, de Agatha Christie e Anjos à mesa, lançamento de Novembro da Ed. Novo Conceito. Deles, só falta ler o de Machado de Assis, e esses dias publico a resenha de Anjos à mesa, aguardem...

ignorem a qualidade terrível da photo...

O livro Anjos à mesa veio numa embalagem natalina para presente. 


Tamara também me enviou presente de aniversário. A carta dela veio com direito a marcadores de página que ela mesma faz na gráfica onde trabalha, chás e o livro A ponte das Estrelas, de Márcia Denser. Pensem numa alegria fora de série quando abri o pacote e dei de cara com o livro. Amo os escritos de Denser mas nunca tinha ido muito além de pdf's, e esse é meu primeiro livro dela, já foi lido e apesar de ter me espantando com a história, pois é bem diferente do que eu tenho costume de ler do trabalho dela, é um bom livro...



E logo depois do Natal chega meu book-gift natalino: o livro O sofá, que Tama não gostou muito e pra não ver mofando em sua estante, resolveu me dar. Quando ela ofereceu, não hesitei em aceitar, claro rsrs Fiquei bem curiosa pra ler por causa da capa, confesso... E ela ainda mandou um postal muito fofo de gatinho, com uma linda mensagem. Ignorem a discrepância da fofura do gato com a capa de livro... u.u



Ganhei uns livros de presente de aniversário e natal atrasados, e como já era janeiro, resolvi deixar para a caixa de correio desse mês. 
Bom, espero que tenham curtido minha Caixa de Correio + Presentes de Aniversário e Natal... 
Até o próximo post. ^.~