terça-feira, agosto 27, 2013

Correios [Envios e recebidos] - 4

E vamos a mais um post sobre as coisas que recebi durante o mês, pessoal.

Recebi a cartinha de Rosaine, uma moca muito simpática que conheci pelo Skoob, me presenteando com 3 livros - Democratização da Escola Pública, de José Carlos Libâneo, O poema do Haxixe e Um comedor de Ópio, de Charles Baudelaire. Há tempos eu estava atrás desses livros e ela simplesmente mandou pra mim, não foi por troca. Agradeço imensamente a ela por isso e pelo carinho. 
Eu ia tirar photo dos 3 livros, mas acabei esquecendo o outro na Estante na hora que estava arrumando os livros e a câmera descarregou logo depois, então não deu... mas já li os três e são ótimos. O primeiro é sobre ensino, na área pedagógica. Tinha lido parte dele na faculdade [curso de licenciatura em História] e só terminei porque Rosaine me enviou o livro, eu tinha lido parte dele em xerox, e não estava completo. Recomendo aos da área de Educação. 

my druggs...
A Editora Companhia das letras me enviou uns marcadores de página que eu tinha solicitado através do 'contato' do site. Não esperava receber tao rápido, logo depois me enviaram um e-mail com algumas instruções e uns 15 dias depois, recebi em casa a carta...



Além dos marcadores, veio também um livreto do livro Cadê você Bernadette?. Li e já é um dos títulos da 'literatura contemporânea' que fiquei com vontade de ler. Os marcadores foram dos livros Faça acontecer, de Sheryl Sandberg, Sua vida em movimento, de Marcio Atalla, Toda sua, de Sylvia Day, dois marcadores [dupla-face] de A elite e A seleção, da autora Kiera Cass, e um marcador com dois lados diferentes [A idade dos milagres, Karen T. Walker e Como ser mulher, Caitlin Moran]. Confesso que alguns desses títulos eu nunca leria, mas alguns me interessam bastante... E a editora foi bem gentil de ter enviado, então... meu muito obrigada à Companhia das Letras. 

Esse mês a sorte me sorriu novamente e eu fui sorteada na promoção da página de Matheus Ferraz no Facebook, e ganhei o livro Teorema de Mabel. A leitura é ótima, deliciosa, e em breve farei resenha dele aqui no blog. Além do livro autografado por Matheus, veio uma carta datilografada com a máquina que serviu de inspiração para o livro. O autor é super gentil e enviou rápido o meu exemplar. 


ignorem minha cara de monga na photo... 

E por último, mas não menos importante, recebi de Tamara, uma das meninas e amigas do Dose Literária [do qual faco parte], uma cartinha maravilhosa, com 2 dvds recheados de HQs em PDF. Imaginem minha satisfação ao colocar no PC e descobrir que ela me enviou quadrinhos de Sandman, Calvin e Haroldo, Preacher, Sin City, Mafalda, Guido Crepax, Milo Manara, Snoopy, Daytripper, Giovanna Casotto, dentre vários outros títulos. Uns eu estava louca pra ler, outros eu não conhecia e quando li me apaixonei. E nem citei todos da lista... Já li alguns deles e logo lerei os outros, aos poucos... 

Ainda estou aguardando uns livros que comprei na Avon, com minha irmã. E até agora nada [odeio atrasos], e para o mês de Setembro já vai ter a compra que fiz no Submarino, o pacote de Eni com as cortesias do Dose Literária [pela Editora Novo Conceito] e mais umas coisinhas... Aguardem. Espero que tenham curtido o post...

P.s - esse mês eu não lembro de ter enviado carta para alguém. xD Se enviei, esqueci pra quem foi e por esse motivo não postei aqui... Minha cabeca louca... 

sexta-feira, agosto 23, 2013

Resenha: Eugênia Grandet, de Honoré de Balzac


E o Resenha do Mês [post super atrasado, me perdoem os transtornos] é sobre o livro Eugênia Grandet, de Honoré de Balzac. Confesso que foi muito difícil escolher apenas um livro bom, porque em Julho em li muitos títulos bons, mas ter lido essa obra valeu a pena...

Um clássico de 1833, Eugênia Grandet é sobre a história da personagem que dá nome ao livro, e o cotidiano de sua família abastada, numa província francesa. Eugênia é filha única de um rico comerciante avarento, o sr. Grandet. A história se passa na primeira metade do século XIX. O livro é rico em detalhes, tanto na ambientação como nos próprios personagens. Balzac escreve de forma poética os hábitos da sociedade do interior da França, bem com seus costumes tipicamente rurais e econômicos. O pai de Eugênia é a personificação da avareza na terra. Dono de muitas terras, com uma reputação respeitada na cidade, adquiriu fortuna por causa dos vinhedos, algumas terras arrendadas e uma abadia, bem como por ter se casado e ganho o dote de sua esposa. Com um talento exímio em administrar seus negócios, aumentou sua fortuna e vive o tempo inteiro economizando, fazendo contas e cobrando seus arrendamentos.

Por meio de um infortúnio do destino, seu sobrinho, filho de um irmão distante, fica a seus cuidados. E acaba virando alvo de afeição da garota Eugênia. Seu amor por ele não pode ser consumado de forma alguma porque o rapaz agora se encontra pobre, e seu pai nunca aceitaria entregar sua filha [e principalmente sua fortuna] nas mãos de um pobretão. Além disso, há rapazes com muitos bens de olho em Eugênia, embora até pra esses, o tanoeiro se recuse a dar a mão de sua filha. "Estão aqui por causa dos meus escudos. Vêm aborrecer-se de olho em minha filha. Pois bem, minha filha não será nem de uns, nem de outros, e toda essa gente me serve de arpão para a pescaria." 
Seu belo primo precisa partir, e ela oferece sua pequena fortuna para que ele refaça sua vida e volte para desposá-la. Nesse meio tempo, o sr. Grandet descobre que sua única filha deu seu ouro para o rapaz...

Um dos pontos fortes da narrativa está na descrição do pai de Eugênia, um velho sovina, que passa os dias a contar e recontar seus lucros, calculando juros e deixando a família praticamente a passar fome. Age como gago ao fazer qualquer acordo comercial ou quando vende seus produtos, mas em casa fala normalmente. Vive dando uns centavos a esposa, para mais tarde se lamuriar que não tem um tostão, a fim de que ela se compadeça e acabe por lhe devolver o dinheiro que ganhou dele [e sempre consegue de volta]. O tanoeiro Grandet é do tipo de avarento que não desperdiça nem as migalhas que caem de sua mesa... 
Outra personagem bem interessante é a empregada da casa, Nanon, que usa de astúcia a fim de enganar seu patrão e poder colocar comida a mais na mesa de suas patroas... Nanon é uma solteirona do tipo gigante, que cuida da casa e da senhora Grandet com muita dedicação.  Cuidou de Eugênia desde a meninice, e é quase um membro da família, devido a anos de trabalho e zelo com seus patrões. Eugênia a princípio se mostra de um temor demasiado pelo pai, mas com a descoberta do amor, na figura de Carlos, acaba por enfrentar a autoridade do pai. A mãe de Eugênia é de uma fragilidade gritante, retrato da maioria das mulheres da época, submissa e obediente ao seu marido. Não questiona suas decisões, acata suas ordens com um medo de sofrer possíveis represálias, e com a saúde extremamente frágil...O primo Carlos é um rapaz raquítico, sensível, tipicamente um 'mocinho de porcelana', delicado e frágil, que após o terrível destino de seu pai, encontra no afeto de sua prima uma oportunidade de ganhar uns tostões. Não que ele seja vigarista, mas acredita que sua viagem para 'refazer sua fortuna' o fará recuperar os bens de seu pai. No final, demonstra sua verdadeira natureza de rapaz riquinho e mimado...

Outro ponto interessante é a maneira nada encantadora em que termina o romance. Nada de finais felizes, apaixonados e frutíferos [ao menos para nossa protagonista], e sim, um desfecho cru que beira a realidade  de inúmeras Eugênias do 'século romântico'. Abandono, solidão, desilusão... tudo tende ao fracasso de uma vida... Eugênia é do tipo de mulher que "Soube, enfim, encobrir sua desgraça sob o véu da polidez." Em meio a tantos infortúnios, a pose de garota rica e elegante perdura, a despeito de sua tragédia...


terça-feira, agosto 20, 2013

Tag: 10 books [mas eu fiz 13]

Mais uma tag que vi e achei bacana pra fazer. Peguei no blog Entre o Agora e Depois. Consiste em escolher os 10 melhores livros de sua estante. [Ou que já foram lidos mas você ainda não os tem.]
Difícil mesmo foi escolher apenas 10 entre tantas opções na minha biblioteca. Optei por escolher 13 títulos que já li e tenho na estante. E sim, botei 3 a mais na lista porque 13 é meu número de sorte. 
  1. Olho de Gato - Margareth Atwood
  2. A cidade do Sol - Khaled Hosseini
  3. Éramos seis - Maria José Dupré
  4. O diário de Anne Frank - Anne Frank
  5. Mate-me, por favor - Legs McNeil e Gillian McCain
  6. Delta de Vênus - Anaïs Nïn
  7. Último Tango em Paris - Robert Alley
  8. O segredo de Brokeback Mountain- Annie Proulx
  9. A insustentável leveza do ser - Milan Kundera
  10. Admirável Mundo novo - Aldous Huxley
  11. O morro dos ventos uivantes - Emilie Brontë
  12. On the Road - Jack Kerouack
  13. Quando os Adams saíram de férias - Mendal W. Johnson


Quem quiser fazer, fique à vontade. Por hoje é só. Aguardem a Resenha do mês [de Julho], atrasada, eu sei, mas ainda essa semana eu posto... 

sexta-feira, agosto 16, 2013

O bom e velho Buk... A crônica de um 'velho safado' louco...

"Não sei quanto às outras pessoas, mas quando me abaixo para colocar os sapatos de manhã, penso, Cristo, o que mais agora?"

93 anos se passaram desde o dia 16 de Agosto de 1920, quando uma mulher deu à luz a quem viria a ser um dos melhores escritores de literatura 'suja' até então conhecidos: Charles Bukowski, o 'velho Buk' ou 'velho safado' para os mais íntimos... 
Nascido na Alemanha, veio para os EUA ainda pequeno, e cresceu suportando a difícil convivência com seu pai. Na escola, não era dos mais populares, e em meio a tantas adversidades, encontra na bebida uma companheira leal para fazer esquecer de seus problemas e fugir da dura realidade de sua existência...
Na adolescência começou a escrever poemas, teve seu primeiro conto publicado em 1944, aos 24 anos. Poesias foram publicadas quando já passava dos 30. 
Los Angeles foi seu lar por cinquenta longos anos, e essa cidade conheceu seus escritos e testemunhou sua embriaguez. Por causa da bebida, foi internado várias vezes com crises de hemorragia e disfunções por abuso de álcool e cigarro. 

Mas o velho Buk não viveu sua vida apenas com sua obra escrita. Trabalhou também nos Correios, por 14 anos. Tem uma filha, fruto de um dos seus dois casamentos. Na carreira literária, teve mais de 45 livros publicados ao longo da vida, e neles encontramos temas que refletem a própria vida do autor: seus desencontros, problemas com álcool, jogatina, sexo sujo e depravado, corridas de cavalos, prostitutas e relatos crus de suas experiências mais bizarras. 
Sua literatura tem muito dos Beats, mesmo sem ter tido contato direto com os representantes desse estilo literário. Mas a obra 'marginal' beat está ali, de forma perceptível... 

Seu humor é cínico, depravado, usa da ironia sobre si mesmo, relata seus infortúnios de forma criativa, mordaz e inteligente. A obra de Bukowski é sem preâmbulos. Não enrola, ele é 'duro na queda'. De forma quase cruel, sua 'autobiografia' ao longo de seus livros faz o leitor se identificar com ele, com sua vida e com seus personagens. 
De seus romances publicados, o primeiro que li foi Hollywood, e apesar de gostar tanto do autor, o livro me frustrou um pouco... Acho que o motivo foi o de eu não ter me reconhecido na maioria daquelas páginas. Mas não desisti da literatura do velho safado e parti para Pulp, que me cativou... Li outros depois... Seu pessimismo e conformismo despertaram a paixão que sinto por suas frases despidas de esperança em dias melhores... Sua falta de perspectivas, relações de amor - e por que não dizer - desastrosas fugas de problemas cotidianos - são a base de seus livros, entremeados de jogatina, ressaca, "Ereções, ejaculações e exibicionismos..."

Triste dizer que uma pneumonia em 9 de março de 1994, ceifou a vida desse grande escritor, visto por alguns como um lixo bêbado e inadequado, e por [muitos] outros como gênio alcoólatra, pervertido e que - sobretudo - soube fazer de seu "Fabulário geral do delírio cotidiano" uma verdadeira obra de arte...






"Eu tinha talento, tenho talento. às vezes olhava minhas mãos e compreendia que podia ter sido um grande pianista. Mas o que tinham feito minhas mãos? Coçado o saco, preenchido cheques, amarrado cadarços, puxado descargas de banheiro etc. Desperdicei minhas mãos. E minha mente." Pulp.






Infelizmente não possuo todos os seus livros publicados no Brasil, mas minha lista está aumentando de forma considerável.. Espero poder falar mais sobre o 'velho Buk' mais adiante...

quarta-feira, agosto 07, 2013

Correios... [Envios e Recebidos] - 3

Bem, o Correios dessa vez é pra falar sobre os lindos marcadores de página que ganhei da L&PM Editores. São lindos, e eles enviaram muito rápido, não demorou nem uma semana pra chegar, logo após eu ter solicitado no "Contato" do site da Editora. Obrigada, L&PM.



Recebi cartinha de Eni Miranda, e já enviei a resposta pra ela, além de uma carta para Josué, com um livro de presente. [E que ele já recebeu]

Ganhei uma promoção de marcadores de página no blog Sem querer me intrometer







Por enquanto é só. Enviei umas cartas e estou esperando respostas de algumas. Recebi uns livros de presente, mas isso fica para o próximo post...