quinta-feira, outubro 31, 2013

Especial Hallowen - Terror na Estante



Bem, cá estou mais uma vez pra dar algumas dicas de livros de terror, em homenagem a data de hoje, Halloween.  Resolvi fazer uma lista com os títulos que possuo na "estante" [entre aspas porque ainda não tenho uma estante...]. Para alguém que ama histórias de terror e que gosta de sentir arrepios pelo corpo ao longo de uma aterradora leitura, eu não poderia deixar de ter no acervo alguns grandiosos escritores desse tipo de literatura. E vou falar um pouquinho de cada um dos títulos. Vamos lá...


A volta do parafuso - Henry James 
Ganhei esse livro no Amiga Secreta do Dose Literária [mas não posso revelar ainda quem me tirou] e assim que chegou, terminei uma leitura pra começar a lê-lo. E terminei de ler duas horas depois... O enredo fala sobre uma governanta que cuida de duas crianças órfãs em uma mansão afastada de Londres, onde aparecem os antigos empregados da casa, já mortos, que tomavam conta da educação das crianças antes de morrerem... Quem já assistiu o filme Os Outros, com Nicole Kidman, vai ficar familiarizado com o enredo, que foi baseado na história desse livro. Achei a leitura fantástica e logo haverá resenha dele pra vocês, por isso não vou me aprofundar demais nele agora. Além desse filme, existem mais dois que são baseados na obra de James, Os inocentes e Os que chegam com a noite.



Dracula - Bram Stocker.
Um clássico da literatura mundial não poderia ficar de fora da minha lista [é um dos meus preferidos da coleção] e eu nunca encontrava nessa edição capa dura da photo, mas após uma longa jornada em sebos, consegui comprá-lo esse ano. Dracula, como muitos sabem, é um conde que mora em um castelo nas montanhas romenas e que recebe em sua casa o corretor Jonathan Harker, que viajou a fim de tratar de negócios com o Conde, deixando para trás a sua noiva Nina. O conde Dracula acaba deixando Harker preso em seu castelo e parte em busca da mulher de sua vida... O livro é todo narrado por meio de cartas, e ao contrário do que muitos pensam, não é uma história de terror [pelo menos eu não achei]. Mas o ambiente descrito por Stocker, bem como as peculiaridades no personagem Dracula perturbam a mente do leitor de forma fantástica. Existem várias versões cinematográficas [inclusive aquelas de vampiros com glitter ¬¬] a respeito dessa criatura fascinante denominada Vampiro, e confesso que essa popularidade não me agradou muito. Se ao menos tivessem mantido a aura de perversidade e fascínio lúgubre da criatura eu não me irritaria, mas essas versões teen [tanto de filmes como de livros contemporâneos] não me descem...  


O horror em Red Hook - H.P. Lovecraft 
Não poderia deixar de citar uma obra de um dos grandes mestres de histórias de horror do começo do século XX: H. P.  Lovecraft O livro é composto por três contos: O horror em Red Hook, Ele e A Tumba. São histórias curtas carregadas dos elementos que fizeram da obra de Lovecraft uma das mais sombrias e arrepiantes já escritas. O autor mistura realidade e pesadelo, tornando tudo caótico e sinistro. Não existem fantasmas e bruxas, e sim, a própria mente do ser humano, perturbada, temerosa e claustrofóbica. Os personagens confundem se as situações em que se encontram são um sonho ruim ou a realidade que inunda seus olhos. 



O retrato - Nicolai Gógol
Esse livro seria uma espécie de reflexão a respeito da vida e da morte. Dividido em duas partes, o conto nos fala sobre um pintor de quadros chamado Tcharkhov, que na busca de inspiração para seus quadros, se depara durante um passeio com um quadro enigmático, meio esquecido entre tantos outros, numa galeria de arte. O que chamou a atenção do jovem pintor foi a expressão do homem asiático retratado, de olhos aterradores e profundos. Antes um artista fracassado e desconhecido, Tcharkhov, após adquirir o retrato, passa por uma maré de sorte financeira e ganha popularidade, a medida que vai ficando mais cheio de si, orgulhoso, devido a influência que o retrato exerce sobre ele. Logo, ele perde a sanidade. Na segunda parte do conto, o retrato é objeto de extremo valor e está sendo leiloado. Entre os presentes, alguém chama a atenção para a tela e conta sua história repleta de tragédias na vida de quem o possuiu, inclusive o retratista que fez a obra. é Um livro de tirar o fôlego e assim como O horror em Red Hook, faz parte da coleção 64 páginas, da L&PM Editores. 



Frankenstein - Mary Shelley
Grande clássico de Mary Shelley, Frankenstein fala sobre um doutor que abandona sua família e parte numa jornada em busca da criação de um ser perfeito. E para isso, ele se utiliza das partes de várias pessoas mortas para dar vida à sua Criatura [costurada]. Na tentativa de ser Deus, o dr. Frankenstein [sim, é o nome do médico e não do monstro, como muitos pensam] acaba criando um grande problema, pois não sabe o que fazer com sua obra. A Criatura, por sua vez, se descobre abandonada no mundo, e resolve procurar seu criador [que havia fugido após dar vida a ele], para que ele lhe respondesse o porquê de ter sido criado e logo em seguida, deixado sozinho. No decorrer da história, a Criatura vai descobrindo as coisas, e sua índole vai se modificando, de acordo com as atitudes de quem o encontra pelo caminho. É um livro lindíssimo, e A Criatura me cativou demais. É sem dúvida, um dos melhores personagens já feitos e um dos meus preferidos. 



O médico e o monstro - Robert Louis Stevenson
Escrito em 1886, por Robert L. Stevenson, O médico e o monstro fala sobre Henry Jekyll, que defende a teoria de que o ser humano tem o lado bom e ruim dentro de si, e embora as pessoas desacreditem de seus estudos, ele cria uma fórmula que comprova sua tese e a bebe, a fim de não por em risco outras pessoas. O resultado desse experimento traz a tona o lado demoníaco do doutor, chamado Mr. Hyde. O Dr. Jekyll julga ser capaz de controlar seu outro lado, mas acaba redondamente enganado... 



Histórias Extraordinárias - Edgar Allan Poe
O autor, nascido em Boston, EUA, em 1809 teve uma vida curta mas deixou uma obra repleta de contos aterrorizantes e que causam medo nas mentes mais tranquilas. O gato preto, O corvo [seu poema mais famoso], A queda da casa de Usher, Os crimes da Rua Morgue e Berenice, são alguns de seus escritos mais conhecidos. Uma das narrativas que mais gosto é O poço e o Pêndulo. Vários de seus contos foram adaptados para o cinema. Gostar de literatura de horror e não conhecer Poe soa como uma heresia. 



Horror em Amityville - Jay Anson 
Um livro que me veio às mãos por meio de uma amiga de infância, que me emprestou há muito tempo. Acabei comprando a mesma edição anos depois. Trata de uma história [baseada em fatos reais, segundo consta no livro] de uma família que foi assassinada por um de seus membros, o jovem Ronnie DeFeo. Após ele ser preso, a casa é posta à venda. Um ano depois, um casal compra e se muda com seus três filhos pequenos. Passaram apenas 28 dias na residência, vítimas de aparições, e toda [má] sorte de fenômenos paranormais e demoníacos. Um padre que tenta ajudar a família, também se vê envolto nesse terror. Segundo dizem, o rapaz que matou os pais e irmãos dizia ter ouvidos vozes que o mandaram matar. Essas mesmas 'vozes' estariam tirando a sanidade da família Lutz ao longo das semanas, e eles acabam por deixar tudo pra trás para não acontecer com eles um destino semelhante aos moradores antigos...Também foi adaptado para o cinema, inclusive numa versão mais recente


Não poderia faltar Stephen King na minha lista, e possuo cinco títulos dele [apenas um não lido]: Carrie, O cemitério, O iluminado, Christine e A hora do lobisomem. O primeiro fala sobre uma jovem criada por uma mãe fanática religiosa, que desperta poderes de telecinesia. Ela é vítima do famoso bullying na escola, e durante um baile, alguns alunos aprontam com ela... Não foi uma boa idéia...
Temos O cemitério, que fala sobre uma família que se muda para uma casa de frente a uma movimentada rodovia. O pai é médico e perdeu um paciente recentemente. Tendo sonhos com o morto, ele acaba indo parar no cemitério indígena que se encontra além dos limites de sua propriedade, onde ele tinha descoberto a pouco tempo que havia um cemitério de bichos. Quando o gato da sua filha morre atropelado, ele tem a infeliz ideia de enterrá-lo na terra maldita e o gato volta... mas não da maneira que era quando vivo... 
O iluminado é sobre Jack Torrance, um escritor que vai com sua mulher e filho passar uma temporada de inverno num hotel, O Overlook, a trabalho, e aproveita para tentar escrever um livro. Mas coisas estranhas acontecem naquele hotel, e isso está afetando a mente de Jack, enquanto seu filho é testemunha de fatos bizarros que aparecem nos quartos do hotel... 
Christine é o nome de um Plymouth ano 58, comprado por Arnie, que é apaixonado por Leigh, a aluna novata que chega ao colégio da pequena cidade de Pittsburg. O que ninguém poderia imaginar é que Christine adquire vida própria [embora muitos pensem que é apenas a imaginação tomando asas...] Mas aí, começam a morrer pessoas, Christine está viva...
E por último, mas não menos importante dos livros King, temos A hora do lobisomem. A cada lua cheia, uma pessoa morre na cidade de Tarker's Mills, ao norte do Maine, nos EUA. A Besta mata a cada ciclo da lua, e parece ser algum habitante da cidade. Marty, um menino que usa cadeira de rodas, descobre a identidade do lobo. E agora corre um sério risco de vida, após ter ferido o olho da fera... Mas ninguém acredita nele... 



E para encerrar minha lista enorme de livros de terror, apresento a vocês duas obras pernambucanas: Histórias medonhas d'O Recife Assombrado e Grandes mistérios d'O Recife Assombrado, ambos de Roberto Beltrão, publicados pelas Edições Bagaço. São dois livros de causos e lendas pernambucanas, de assombrações que permeiam o imaginário do povo da minha terrinha. Existe um blog que vocês podem acessar pra conhecer melhor do que se trata o conteúdo. Mas posso dizer que os contos são assustadores, e eu, que li em madrugadas frias com chuva caindo lá fora, fiquei impressionada e temerosa... É uma boa oportunidade de vocês conhecerem A perna cabeluda que assombra os passantes recifenses, A galega de Santo Amaro, Cumade Fulozinha, Virgínia e também conhecer um pouco dos antigos casarões que embelezam a parte velha da capital pernambucana... A paisagem do Recife de outrora, mesclada com o urbanismo moderno dos anos atuais... 


"...Ao caminhar pelos corredores escuros, viu o que não queria: vultos translúcidos apareciam de repente e lhe atravessavam o caminho. Formas difusas percebidas pelo canto do olho, à espreita de uma vítima distraída. Fantasmas saídos de um pesadelo de criança."


Então é isso. Espero que tenham apreciado o post. As imagens das capas foram retiradas do google e são as mesmas capas das edições que possuo. Desejo um ótimo Halloween a todos vocês. Cuidado com as gostosuras e travessuras... 


domingo, outubro 27, 2013

Tag: Livros + Emoções

Vi essa tag que Mara respondeu no Dose Literária e fiquei muito a fim de compartilhar as minhas respostas com vocês. É bem fácil, consiste apenas em responder às perguntas dando o nome de um livro para cada situação.
Eis minhas respostas:


Que livro fez você se sentir:

1) Feliz:
Não sei explicar o motivo, mas Dorothy me cativa, o desfecho da história me deixa com a sensação de paz interior, enfim... Me sinto feliz com a história.


2) Triste:
O segredo de Brokeback Mountain, de Annie Proulx
Tristeza absoluta  é o que eu sinto com esse livro. Morro de pena dos dois, tanto pela dificuldade de ficarem juntos, o preconceito, o medo, quanto pelo desfecho... Me senti invadida de solidão plena quando [re]leio... 

3) Nervosa (com raiva)
Corações Feridos, de Louisa Reid
A todo momento eu tinha que pausar a leitura, respirar fundo e prosseguir. Fiquei indignada com o tratamento dado às gêmeas, em especial a Rebecca [esses dias terá resenha dele aqui no blog]


4) Nostálgica
Último Tango em Paris, de Robert Alley
Esse livro me faz sentir saudade de uma época e lugar que não vivi. Me sinto transportada aos becos do subúrbio parisiense, e acho bem intensa a relação dos protagonistas... é um dos meus favoritos.


5) Assustada
Horror em Amityville, de Jay Anson
Sério, fiquei com medo em várias partes do livro, e ler sozinha à noite não é lá muito divertido... 
A leitura é medonha e eu não conseguia parar de ler, prende a atenção até o fim, mas dá altos sustos.


6) Surpresa
Um dia, de David Nicholls
Aquele desfecho me deixou com cara de 'WHAT O_O'  Mas não achei ruim, foi só inesperado mesmo... Quem leu vai entender. Não posso falar muito sem perder a 'graça' da história...


7) Desapontada
Caderno de rabiscos para adultos entediados no trabalho, de Claire Fay
Poxa, comprei super barato na banca de revistas porque o título e capa me chamaram a atenção. Tentei ler de forma despretensiosa, mas do meio pro fim perdeu toda a graça. Fiquei ainda mais entediada.


8) Angustiada, aflita, agoniada
Eu sentia medo por Buck, o personagem principal da história [um cão]. A cada capítulo eu pensava que ele ia sofrer e me angustiava demais, temia pela vida dele e também dos outros cães puxadores de trenó... A história é linda, mas me deixou aflita em vários momentos...


9) Confusa
Confesso que pensei em vários e não encontrei nenhum que se encaixasse nessa emoção... 



Em breve, farei essa tag com quadrinhos, aguardem... 
Então, por hoje é só... Espero que tenham curtido minhas respostas, queridos leitores do Torpor Niilista... 
Beijinhos entorpecedores... 




quarta-feira, outubro 23, 2013

Resenha: Mas não se mata cavalo?, Horace Mccoy

E eis que trago a vocês, leitores queridos do Torpor Niilista, mais uma obra de meu Acervo Particular, que me tocou profundamente: Mas não se mata Cavalo?, do autor americano Horace McCoy. [They shoot Horses, don't they?, no original]. 

imagem retirada do google, tenho a mesma edição...

Durante a crise de 29, onde artistas, boêmios, vagabundos, operários, e toda sorte de falidos se encontravam como iguais, em meio ao declínio da economia, um baile de dança parece ser uma oportunidade de conseguir duas refeições ao dia... ou quem sabe, o prêmio final [que não daria pra muita coisa, mas mataria a fome dos vencedores por algum tempo...]
A história se passa no período da Grande Depressão nos Estados Unidos. Após a queda da bolsa, milhares de pessoas foram à falência, perderam seus bens, seus empregos e viveram anos de miséria e falta de perspectivas. Nesse desespero financeiro/econômico, quem já não possuía muita coisa antes da Queda da Bolsa já vivia numa triste situação, imaginem após o acontecimento...

Robert Syverten nos é apresentado logo no início do livro, durante seu julgamento, em que ele está sendo sentenciado pela morte de Gloria Beatty. A narrativa se dá na pessoa de Robert, contando em detalhes como ele foi parar ali, no banco dos réus. Interessante é a forma como McCoy conduz o fio da história, entremeando frases no início de cada capítulo [a sentença dada a Robert pelo juiz] com os acontecimentos que o levaram a essa situação. E eis que ele fala na vítima Gloria Beatty, uma mulher que ele encontra por acaso, próximo a uma parada de ônibus. Quando os dois se encontram, acabam indo juntos ao mesmo destino, pois Gloria tenta conseguir um emprego nos bastidores de Hollywood. Ele é aspirante a diretor, e também procura uma ocupação na área cinematográfica. Mas a fome, o desemprego e a falta de recursos estão em alta no momento... 

Surge uma oportunidade de ganhar algum dinheiro num concurso de dança, em circunstâncias escusas. Essa maratona de desesperados consiste em vários casais dançando sem parar até sobrar um único par no salão. Horas a fio, dias sem dormir direito, os participantes tem mínimas pausas para comer, se lavar ou usar o banheiro. Imaginem ter apenas 15 minutos para dormir e depois ter que voltar ao salão de dança? Pois é dessa forma que se desenrola a maratona. O prêmio é uma quantia em dinheiro, mas será que é o suficiente para fazer valer esse sacrifício todo? Os participantes são em sua maioria vagabundos, desempregados, comerciantes falidos e decadentes, prostitutas e toda corja de marginalizados de Hollywood, que não vêem outra alternativa de conseguir um prato de comida que lhes aplaque a fome. Mas há também pessoas 'de família', que se encontram em igual situação de miséria, e não tem com o que alimentar suas próprias famílias... São horas ininterruptas que vão desgastando os participantes. Os mais frágeis logo desistem, mas muitos acabam exaurindo suas últimas forças cobiçando o prêmio final. Robert e Gloria seguem na disputa depositando o que lhes resta de esperança em dias melhores [se ainda houverem dias assim].


Gloria é um dos personagens mais marcantes dessa história... ela carrega em si todas as frustrações de uma geração inteira...Ela é perturbadoramente desesperançada... revela-se em seu olhar um desgosto pela vida, uma apatia quanto à perspectiva de amanhã... decadente, desiludida, morta enquanto ainda vive... seu pessimismo beirando a agonia... Robert é o parceiro de Gloria na maratona. Acaba sendo seu único companheiro. Gloria cansou daquela vida, ela não quer mais viver. Robert pode ser sua única saída, seu salvador, aquele a quem ela pode confiar seu desejo, ele é quem pode ajudá-la a sair daquele fundo de poço em que se encontrava... ou talvez fosse ele que findaria com todo aquele suplício...

Robert é o personagem que não consegue ver pessoas sofrendo e quer ajudar de alguma forma. Ele não hesita em dar ânimo para que Gloria não desista. Ele é sonhador e 'literal'. Ele é seguidor da filosofia 'Oras, se eu soluciono tal coisa desse jeito, por que não deveria solucionar problema semelhante da mesma forma?'
É por ter atendido o pedido de Gloria que ele está sendo condenado por assassinato...

"Não compreendo nada. Tenho pensado e mais pensado e não consigo compreender. Aquilo não foi crime. Procuro fazer um favor a uma pessoa e acabo pegando uma condenação à morte." 


Mas... e o cavalo do título? O que ele tem a ver com a história toda? O cavalo representa uma metáfora [eis uma genialidade por parte do autor, que me deixou ainda mais encantada com o livro] sobre um acontecimento na infância de Robert, e que ele 'aplicou' na situação em que se encontrava com Gloria. A referência com o 'cavalo' se torna bem clara no fim do livro e dá todo sentido ao título da obra.

"Que Deus tenha piedade de vossa alma..." 

Há uma adaptação cinematográfica intitulada A noite dos desesperados, lançado em 1969, dirigido por Sidney Pollack, com Jane Fonda no papel de Gloria Beatty. Apesar de algumas diferenças entre filme e livro, é uma adaptação válida, e a interpretação de Fonda nos faz imaginar Gloria daquela forma apresentada na película.
Robert e Gloria
É uma leitura rápida que nos leva a reflexão, e é de fácil entendimento. São menos de 200 páginas recheadas de desespero, desilusão, tragédia e com um toque de melancolia e amargura. Passei horas e horas devaneando sobre o que li, tentando digerir o mal-estar que o livro me causou...

Horace McCoy




O autor nasceu no Tennesse, em 14 de Abril de 1897 e faleceu na California, em 16 de dezembro de 1955. Deixou poucas obras, entre elas O pão da mentiraEu podia ter ficado em casa e Kiss tomorrow goodbye. Temos ainda Scalpel [1952]. Mas não se mata cavalos? é sua primeira obra, publicada em 1935. 








"Levantei-me. Por um momento tornei a ver Gloria sentada naquele banco lá no trapiche. A bala lhe entrara bem no lado do crânio; o sangue nem sequer começara a escorrer. O clarão do tiro ainda lhe iluminava o rosto. Tudo me parecia claro como o dia. Lá estava ela num absoluto repouso, no mais completo bem-estar. Ao golpe da bala a cabeça lhe caíra um pouco para o lado oposto ao em que eu estava; eu não tinha uma visão completa de seu perfil, mas podia ver de seu rosto e de seus lábios o suficiente para saber que ela estava sorrindo. O promotor público estava enganado quando disse ao júri que ela morrera em agonia, sem amigos, sem outra companhia senão a de seu brutal assassino, ali, naquela noite negra, à beira do Pacífico. Ele estava enganado, tanto quanto um ser humano pode estar. Ela não morreu em agonia. Estava em repouso, numa grande felicidade, e sorria... Foi a primeira vez que a vi sorrir. Como podia estar em agonia? Além disso, ela tinha amigos, sim.
Era eu o seu melhor amigo. O seu único amigo. Ninguém pode dizer que ela não tinha amigos."

segunda-feira, outubro 21, 2013

Auto-Desafio - 7 livros em 7 dias [que acabou sendo 7 livros em 4 dias...]

Vi esse desafio no Dose Literária há um tempo e resolvi postar lá e aqui no Blog. A regra é bem clara: ler 7 livros em 7 dias e meus títulos escolhidos foram:

Peanuts 120 Tirinhas - Charles M. Schulz
A aventura de um cliente ilustre seguido de O último adeus de Sherlock Holmes - Arthur Conan Doyle
O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry
Fragmentos - Caio Fernando Abreu
Clara dos Anjos - Lima Barreto
A princesa da Babilônia - Voltaire e
Morangos Mofados - Caio Fernando Abreu
meu desafio 7 livros em 4 dias outubro/2013...
Alguns eu já tinha lido, mas estou num momento de [re]leituras, então O pequeno príncipe e os títulos de Caio F. Abreu eu reli. Os demais, ainda não tinha lido... Eu deveria ter postado o desafio antes de começar a ler mas acabei me precipitando e resolvi postar o Desafio depois de concluído. Todos esses livros foram comprados na última Bienal aqui de Pernambuco, exceto Morangos Mofados, que ganhei de uma amiga. Clara dos Anjos também foi comprado em bienal, mas na edição de 2011, só agora que me deu vontade de ler...


Os números desse Desafio foram:
7 livros
754 páginas.
Iniciado em 08/10/2013 e concluído em 12/10/2013.
O Desafio foi de fácil execução, e nem cheguei a concluir os 7 dias. Na metade do percurso eu já tinha acabado...
Bom, espero que tenham curtido.
Beijinhos entorpecedores...

quinta-feira, outubro 17, 2013

Dia do Professor - De como me tornei...



Sei que o dia 15 já passou, e eu falei no post anterior sobre o mesmo assunto, mas queria deixar mais uma impressão a respeito aqui no blog... Escrevi esse texto justamente no dia dos professores e resolvi compartilhar com vocês, leitores do Torpor Niilista... Então, vamos lá...

E quem diria que aquela brincadeira de pegar o quadro azul e brincar de ensinar a irmã mais nova e o/as amigo/as vizinho/as, com meu tio expulsando a gente do quarto dele por causa da 'bagunça', e mainha falando 'só tenho medo dessa menina ser professora quando crescer' pudessem refletir a Maria Valéria de 20 anos depois. Falando assim, percebo o quanto faz tempo tudo isso, mas pensando bem, parece que foi ontem... e como sinto saudades dessa época... época em que as crianças se preocupavam apenas em ser crianças, e tinham interesse em aprender o que os livros tinham a mostrar. Hoje em dia, o quadro [não o azul do início do texto, embora este também tenha mudado de cor] se modificou de forma monstruosa e me deixa triste pela falta de melhores perspectivas. Só que, mesmo com tanta falta de esperança em olhar para frente, e enxergar aquele dia de 20 anos atrás, lá no futuro, eu sigo querendo reverter o quadro [outra vez eu falando em quadros...]... É um desafio que eu encaro quase todos os dias, quando olho pra um monte de rostinhos de 10,11,13 anos, em que eu tento enxergar as crianças de 20 anos atrás, que queriam mudar e aprender, evoluir... Prefiro acreditar que elas não se perderam ao longo dos anos, mas que estão, em essência, nas crianças de hoje... E pensando nelas, pensando no futuro do meu país, do meu sobrinho [já que não ando com pretensões de ter filhos], é que eu encaro a rotina difícil, cheia de obstáculos e [des]estímulos, de não-reconhecimento que eu e meus colegas de profissão sofremos [daí o motivo de minha mãe ter dito 'só tenho medo dessa menina ser professora quando crescer', pois ela não queria ver a filha se esforçar tanto pra não ter seu valor merecido]...

Sei que é meio piegas falar nisso nessa data, 'feliz dia do professor a todos que me ensinaram alguma coisa' mas eu queria agradecer, desde a minha mãe, que foi minha primeira professora, já quando pegava em minha mão pequenina e me ajudava com as primeiras letras, até aquela que me recebeu junto de mais tantas crianças, numa sala de aula, pra me ajudar com a matemática de palitinhos, em finais dos anos 80... Àqueles que contribuíram para a minha formação, que me fizeram evoluir, questionar, ter ânimo pra passar o que eu aprendia para outras pessoas... aos meus professores do PrevUPE, que tiveram uma tarefa árdua de me fazer [re]lembrar o que há um bom tempo eu havia esquecido, e que por eles, eu consegui passar no vestibular pra um curso de licenciatura. A todos os meus professores da faculdade, que me apoiaram em sala, e fora dela, que se mostraram mais que professores, mas também amigos. À turma HIST-2009, às turmas que vieram depois, aos que conheci antes, aos meus colegas do trabalho, a todos os desconhecidos do mundo afora que enfrentam as piores dificuldades para chegar em sala de aula a fim de passar seu conhecimento a tantas cabecinhas confusas, distintas [e algumas 'problemáticas']. A NÓS, um feliz dia do professor. E o presente que vocês, alunos, poderiam nos dar, seria: OUSEM SABER

e com muito orgulho, tenho dito.

terça-feira, outubro 15, 2013

Sobre SER Professora...

Como professora, eu poderia chegar em sala de aula, dar uma aula 'meia-boca' e ganhar meu dinheiro no fim do mês... 'pra que tentar abrir os olhos dos alunos pra lutarem por seus direitos de cidadão se o país não vai pra frente, né???' 


A questão é que eu não seria digna de ter a profissão de PROFESSOR se eu agisse assim. Minha meta como educadora não é salvar o mundo, nem transformar o país na 'cidade do sol' de Campanella. Mas se eu conseguir conscientizar, fazer os alunos enxergarem que há outras possibilidades além daquelas mostradas no livro didático do mec, de se pensar e questionar o poder político do país, UM QUE SEJA, eu me sentirei útil e com a sensação de dever cumprido...
Antigamente eu detestava discutir política, confesso que não sou especialista no assunto, e que achava política 'muito chato'. Que pensamento pequeno. Política tem que ser discutida SIM, e eu, como professora e Historiadora, senti a necessidade urgente de mudar meu pensamento, ou então rasgar meu diploma que passei 4 anos estudando para conseguir. Ainda bem que a leitura daquele monte de livros e xerox, os questionamentos e as aulas na faculdade me serviram de alguma coisa... me fizeram rever minha posição de AMEBA na sociedade alienada e passar a enxergar as coisas de outro ângulo, o ângulo de se mexer além da cadeira pra FAZER ALGO.
Não, não estou me candidatando à algum cargo político. É apenas um desabafo, uma reflexão minha, que estou compartilhando nessa 'merda viciante' mais conhecida como Internet... Além de besteiras, vezemquando é bom compartilhar coisas válidas também...

Valéria, aquela de 17,18 anos de idade, mudou... o físico é quase o mesmo [salvo uns quilos a mais], o cabelo continua colorido... fiquei mais velha, mas o meu pensamento evoluiu um pouco. Faça o mesmo com você. EVOLUA. Não no sentido de degradar os outros, mas que evolua pra fazer o que é necessário nesse 'mundo cão' em que vivemos... e ainda tenho muito, muito a aprender daqui pra frente...


segunda-feira, outubro 14, 2013

Bienal do Livro PE 2013 [Parte I]

Minho, Gabriel, Eu, Hortênsia, Márcia e uma amiga de Márcia que não conheço...
E como prometido, eis o post sobre a Bienal do Livro PE [Parte I]. Minhas considerações a respeito desse ano não foram muito agradáveis. Achei a organização bem falha em alguns pontos, a variedade de livrarias bem escassa, aluns estandes foram 'preenchidos' com artesanato e afins, porque não haviam mais livrarias dispostas a alugar o espaço. Sem contar o preço abusivo dos livros. Em tempos de Bienal, esperamos encontrar títulos com preços mais em conta. Muita gente sai do interior do Estado pra participar da semana do evento, porque não tem acesso a livrarias na cidade onde mora, e tem que se virar pagando fretes caros na Internet. Com a Bienal, a chance é de comprar livros mais baratos, e não foi esse o caso nessa edição da Bienal. Claro que encontrei alguns livros a R$ 2,50 R$3,00 mas os Best-sellers chegaram ao ponto de estar mais caros que nas lojas on-line. Absurdo uma coisa dessas. 


Um ponto positivo foi a entrada franca, pois no início cogitaram que seria paga a entrada. Achei a organização temática bem fraquinha, comparada às edições anteriores que eu fui. Esse ano, o tema foi sobre Futebol [por causa da copa, será?], não vi muitas variedades de livros e os escritores que vieram não acrescentaram muita coisa ao evento. Não que sejam ruins, só achei que deveriam ter vindo mais alguns... Outro problema é que na Bienal daqui, as grandes editoras mandam seus 'representantes', mas nunca montam um estande. Logo, os preços são dados pelos lojistas, e não pelos fornecedores. Nada de desconto, então... Peguei diversos marcadores, alguns panfletos, e um mapa da Feira fez muita falta, deveriam ter disponibilizado isso também... 
Aida linda e eu ♥
Enfim, agora vamos falar sobre minha 'aventura na compra de livros'. Fui com Minho e lá acabamos encontrando alguns amigos meus da faculdade, pois a Universidade de Pernambuco teve grande participação nessa Bienal, inclusive alguns professores meus lançando livros, palestrando e batendo um papo legal no Café Contexto. Achei muito bacana essa integração com a Bienal. Vi meu querido Gabriel, Hortênsia, Márcia e a lindona da Aida, tiramos algumas photos... Levei duas bags e ambas voltaram cheias e pesadas. Apesar de eu não ter comprado tanto quanto eu queria...


Consegui completar minha coleção de mangás de Utena, só tinha a primeira de dez edições, e comprei 4 por R$10,00 todas as outras. Logo no início do evento, Minho e eu ganhamos algumas revistas de brinde, e até um rádio de pilha pequenininho [que dei ao meu pai]. Achei um livro na minha área por apenas R$10,00, uma edição de Asterix pelo mesmo preço e consegui completar duas coleções da Larousse que eu tenho, além do meu primeiro livro de Caio F. Abreu e finalmente ter comprado O pequeno Príncipe. [pude ler minha própria edição, e não uma xerox do livro como li há alguns anos...]

Minho e eu...
Eis minha pequena lista: ao todo foram 13 títulos, 10 quadrinhos e 4 revistas.

Revistas [todas grátis]
Leituras da História
Aventuras na História
Nova Escola e
Guia Superinteressante Viagens Bizarras

Quadrinhos
A Odisséia de Asterix - R$10,00
Mangás Utena Edições 2,3,4,5,6,7,8,9, e 10. R$22,50

Livros
1. Peanuts: 120 Tirinhas  - Charles M. Schulz R$5,00
2. A aventura de um cliente um cliente ilustre seguido de O último adeus de Sherlock Holmes - Arthur Conan Doyle R$5,00
3. A origem das espécies Tomo I - Charles Darwin R$2,50
4. e 5. Zadig ou o destino e A princesa da Babilônia - Voltaire R$2,50 cada
6. A janela de Overton - Glenn Beck R$10,00
7. Rebeldes literários da República - Eliana de Freitas Dutra R$10,00
8. Fragmentos - Caio F. Abreu R$19,00
9. Viajante Solitário - Jack Kerouac R$16,00
10. O pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry R$20,00
11. Grandes invenções da humanidade Volume II - Larousse R$10,00
12. e 13. As grandes batalhas da História Volume I e II - Larousse R$10,00 cada.


claro que eu iria com minha Eco Bag da Livraria Cultura, né rs

Minho também comprou umas coisas pra ele, bem poucas na verdade. Ele não viu muita novidade [pra ele] no primeiro dia de passeio... E também ganhou umas revistas de brinde, além de ter comprado um Cordel. Mas ele gostou de ter ido comigo [embora tenha sido o ano que ele menos gostou], pois desde 2009, sempre vamos juntos... Essa é nossa terceira Bienal...


Comprei também uns livros infantis para meu sobrinho Miguel, mesmo ele não tendo nem um ano de idade, mas minha irmã já leu as historinhas pra ele mesmo assim... Comprei um dos livros da minha amiga secreta do Dose e um livro para minha irmã, Perdida na Neve, já resenhado aqui no Torpor Niilista.

o 'prejuízo' do primeiro dia de Bienal...
Bem, então é isso. Espero que tenham gostado do post, e podem falar nos comentários o que acharam das minhas aquisições... alguns já foram lidos e logo irei escolher alguns para resenhar... Aguardem o Desafio de 7 livros em 7 dias, que eu fiz justamente com alguns dos títulos comprados... [e ignorem o ventilador aparecendo na imagem abaixo -.-'] beijinhos entorpecedores...
vários marcadores...

quarta-feira, outubro 09, 2013

Resenha: Jardim de Inverno, de Kristin Hannah


Histórias de guerra sempre mexem comigo. Ao ler a sinopse desse livro, não tive dúvidas que deveria tirá-lo da prateleira da banca de revistas, abrir a carteira e me encaminhar ao caixa para comprá-lo. E mesmo tendo sido minha primeira leitura do mês de setembro, eu senti em meu íntimo, que não leria algo que superasse essa história durante o mês da primavera. E eis a nossa resenha do mês...

Imagine ter uma relação de plena apatia com a própria mãe. Estar numa rotina desgastante no casamento. Um pai que enfarta e morre. Uma irmã que some no mundo e quase nunca dá notícias, e que tem a liberdade que você gostaria de possuir. E duas filhas que tem vidas universitárias sem muito tempo pra você como antigamente. Eis Meredith. Da autora Kristin Hannah e publicado pela Editora Novo Conceito, Jardim de Inverno é uma história apaixonante, melancólica e envolvente, que fará o leitor viajar num oceano de memórias perdidas em meio a neve, e voltando aos anos de guerra que mudaram o mundo...

Meredith tem um trauma de infância. Por causa da mãe, ela prometeu nunca mais ouvir suas histórias de contos de fadas. Ela e sua irmã Nina cresceram sendo amadas pelo pai, mas tendo uma relação de indiferença por parte da mãe, uma mulher misteriosa que tem em seu passado uma tragédia até então desconhecida por suas filhas. O pai das garotas, antes de morrer, faz com que Nina prometa a ele que elas farão com que a mãe conte a história da camponesa e do príncipe. Nina sabia que era uma tarefa difícil, mas prometeu no leito de morte de seu pai que faria a mãe contar essa história para ela e Meredith e que tomaria conta de Anya. 

Anya era uma mulher fria e, embora tivesse afeição por seu marido, sempre fora distante das filhas. Mas o motivo ninguém sabia. Após a morte de seu marido, passou a sair no quintal de sua casa, onde havia um jardim de inverno, e por sua idade avançada, as filhas ficaram tomando conta dela, e tentavam uma aproximação. Nina é uma fotógrafa que busca pelo mundo rostos de mulheres que tenham alguma história para contar. Tem um namorado que nunca mostrou a família e não quer assumir um compromisso mais sério com ele por medo de perder sua liberdade. Mas é ela, a caçula da família, que dá o primeiro passo para cumprir a promessa feita ao pai, já que Meredith não concorda a princípio, devido a lembrança da humilhação que sofreu da mãe quando pequena, quando tentou encenar a história que Anya relutava em dar continuidade...

Com o passar dos dias, Anya vai soltando o conto, e elas reparam que alguns fatos são diferentes da versão até então conhecida por elas, e passam a investigar, descobrindo que muito do que a mãe conta realmente aconteceu. Logo, elas percebem que o conto é a história da mãe, e do que ela sofreu durante a segunda guerra, na Rússia. Mas qual das personagens do conto é Anya? Cabe às irmãs descobrirem...

Jardim de Inverno é uma história contada dentro de outra. Mesclando passado e presente, as irmãs Whitson buscam compreender as atitudes da mãe ao longo de suas vidas, numa forma de recuperar os anos de afeição perdidos. É uma história de esperança, de tragédias, os horrores da guerra contados à partir de alguém que sobreviveu a tantos invernos de fome, morte, humilhação, medo e sofrimento. Anya, antes de ser mãe de Meredith e Nina, tinha família, mas o que houve com eles? É o resgate de suas memórias, e uma viagem ao Alasca que traz a tona um desfecho que fez eu me debulhar em lágrimas. A autora consegue trazer em suas páginas uma carga de emoções e sentimentos dolorosos, como se nós, leitores, fizéssemos parte do enredo. Foi um dos melhores livros que li esse mês, e creio que o melhor livro da Novo Conceito que já li té agora... 

Além do conflito/relação com a mãe, nossas protagonistas tem seus relacionamentos pessoais conturbados, num paralelo à história central. Jeff e Meredith precisam acertar os ponteiros de um casamento de vinte anos. Nina precisa resolver se casa com o homem que a ama, ou não. Ela teme que sua vida seja como a da mãe e evita se envolver demais com Daniel. É improvável não se identificar com algum dos personagens. É improvável ser insensível diante de tanta tristeza que descobrimos no passado de Anya. É impossível não chorar ao terminar esse livro... 

Valeu muito a pena ter comprado, e decerto foi uma das mais emocionantes leituras que já fiz na vida...