domingo, março 29, 2015

O Hobbit - J. R. R. Tolkien

minha edição linda...

Ganhei uma linda edição de O Hobbit ano passado, no dia do meu aniversário. Presente do meu amado namorido e resolvi colocá-lo entre minha meta de leitura de 2015, pois sou apaixonada pela obra de J. R. R. Tolkien e só havia lido a trilogia de O Senhor dos Anéis [e que pretendo ter na estante]. Aproveitando o dia 25 de março, em que todos os fãs do autor publicam algum trecho de seus livros, resolvi começar a leitura de O Hobbit. A experiência foi mais que deliciosa...

Eu tinha assistido à trilogia, inclusive vi o terceiro no cinema, como mais um presente de aniversário, dois dias após o lançamento do mesmo, no dia 11 de dezembro [sim, meu aniversário em 13 de dezembro foi mais que maravilhoso]. Já tinha ouvido a opinião de várias pessoas  negativando a trilogia pois o diretor tinha mexido bastante no roteiro pra adaptar o livro em três partes. A meu ver, apesar de algumas cenas e personagens que não existem no livro, a trilogia foi perfeita. Não creio que tenha sido um desastre como os fãs mais 'fanáticos' ousaram afirmar...

Mas vamos falar sobre o livro em si. O Hobbit é sobre a aventura de Bilbo Bolseiro, um hobbit que viviam em sua toca de forma despreocupada, em que o mago Gandalf e uma comitiva de anões batem à sua porta [esvaziando sua despensa, acho digno comentar...]. Eles precisavam da ajuda do ladrão' para recuperar seu tesouro na Montanha Solitária, que estava sob o poder de um poderoso dragão, Smaug. Smaug em tempos anteriores havia invadido o lar dos anões, destruindo todos a sua volta, e angariando para si a riqueza do povo pequeno e guerreiro. Os anões que sobreviveram espalharam-se pela Terra Média e o filho do Rei Anão, Thorin, resolve vingar o seu povo e recuperar o seu ouro. Ele e alguns de seus mais aliados guerreiros e amigos necessitam atravessar vários perigos para alcançarem seu objetivo. Gandalf vê na pessoa de Bilbo uma valorosa ajuda nessa empreitada.

Quando partem das Colinas onde fica a Vila dos Hobbits, contrariado, Bilbo se depara com a maior aventura de sua vida, encontra grandes amigos pelo caminho, e uma criatura inusitada surge em um de seus 'apuros', e é nesse momento que ele encontra um poderoso anel mágico, que faz com que seu portador desapareça ao colocá-lo no dedo... Depois de várias rimas apostando sua vida, ele consegue escapar de Gollum [um importante personagem na saga de O Senhor dos Anéis...]

"Tem raízes misteriosas,
É mais alta que as frondosas
Sobe sobe e também desce,
Mas não cresce nem decresce.
- Fácil! - Disse Bilbo. - Montanha, acho eu.
- Ele adivinha fácil? Precisa fazer uma competição com nós, meu preciosso. Se o preciosso perguntar e ele não responder, nós come ele, meu preciosso. Se ele pergunta e nós não ressponde, então nós faz o que ele quer, que tal? Nós mosstra a saída, é ssim!”



Bilbo e a comitiva de anões se separam várias vezes no percorrer do caminho. Mas sempre que os anões estavam em apuros, a sorte e engenhosidade de Bilbo os salvava. Gandalf não foi com eles o caminho inteiro, várias vezes se ausentava para cuidar de assuntos mais 'urgentes', mas quando menos esperavam, lá estava o grande mago os ajudando, de alguma forma... Além da grande ameaça em forma de dragão, nossos heróis pequeninos ainda precisam enfrentar uma guerra que está por vir, pois a notícia de que a riqueza dos anões está na Montanha Solitária se espalha por toda a Terra-Média, atraindo elfos, orcs, humanos que almejam uma parte [ou todo] o tesouro... Será que Thorin vai recuperar a glória de seu povo? Smaug vai permitir que eles cheguem perto de seu ouro? Que outros perigos aguardam a comitiva de Thorin e Bilbo Bolseiro? Leia para descobrir... 

Conhecemos o mundo encantado e sombrio da Terra-Média. Personagens que iriam aparecer em outras obras de Tolkien, locais que também se fariam importantes em outras aventuras, cenas épicas de batalha, mortes cheias de bravura e situações engraçadas por parte dos anões e do próprio Bilbo, principalmente no que se refere a comida, fazem a leitura de O Hobbit uma experiência única. 

"Não era a coisa certa para dizer, mas o já começaram a chegar o agitara muito. Ele gostava de visitas, mas gostava de conhecê-las antes que chegassem, e preferia convidá-las por sua própria conta. Teve um pensamento horrível de que o bolo poderia não ser suficiente e então ele, como anfitrião, que sabia de suas obrigações e se resignava a ela apesar do sofrimento, poderia ter de ficar sem."

Impossível não notar semelhança na narrativa suave e descritiva de Tolkien com a de C. S. Lewis em As crônicas de Nárnia [os autores eram amigos]. A leitura não é cansativa e as quase 300 páginas passam 'voando'. É considerado um livro para crianças, apesar de ser cultuado por pessoas de várias idades. 

O autor é bem descritivo, colocando o leitor dentro da Terra-Média, e é possível visualizar cada detalhe na mente ao ler O Hobbit. Sem contar que o livro possui algumas imagens muito bonitas de certas passagens importantes da trama, e mapas também se fazem presentes na edição da WMF Martins Fontes. Em suma, O Hobbit é uma leitura agradável, que vai conduzir o leitor a um mundo incrível, que vai cativar os apaixonados por um bom clássico de fantasia... 



Para finalizar, deixo aqui a música-tema da trilogia, na voz de Billy Boyle [o Pippin de O Senhor dos Anéis]. Uma bela letra, uma linda canção... Impossível não se emocionar ao ouvir... e desejar viajar para a Terra-Média... Essa música me arrancou lágrimas no cinema, acreditem...





"A noite está caindo
Assim termina o dia
A estrada está chamando
E eu preciso ir
Pelas montanhas e abaixo das árvores
Pelas terras onde a luz nunca brilhou
Por riachos de prata que vão em direção ao mar

Por baixo das nuvens e das estrelas
Por cima da neve e das manhãs de inverno
Eu deixei para trás os caminhos que me guiavam para casa
E fui pela estrada em que eles me levaram
Eu não posso dizer
Nós chegamos até aqui
Mas agora chegou o dia
De dizer adeus"


Espero que tenham gostado da resenha. Já leram ou viram a trilogia? Conhecem a obra do grande Mestre Tolkien? Me contem nos comentários... Até a próxima, pessoal... 

sexta-feira, março 27, 2015

Um ano que você se foi...




"Esta é, para mim, a mais bela e a mais triste paisagem do mundo. É a mesma da página anterior. Mas desenhei-a de novo para mostrá-la bem. Foi aqui que o pequeno príncipe apareceu na Terra, e depois desapareceu.
Olhem atentamente esta paisagem para que estejam certos de reconhecê-la, se viajarem um dia pela África, através do deserto. E se passarem por ali, eu lhes peço que não tenham pressa e esperem um pouco bem debaixo da estrela! Se, de repente, um menino vem ao encontro de vocês, se ele ri, se tem cabelos dourados, se não responde quando é perguntado, adivinharão quem ele é. Façam-me então um favor! Não me deixem tão triste: escrevam-me depressa dizendo que ele voltou..."


Dedico este trecho de O pequeno Príncipe a você, Eni. Onde quer que você esteja...


quarta-feira, março 25, 2015

Uma Biblioteca dentro de uma maçã parte #10

Bem, acabei atrasando mais uma vez esse post do Desafio mensal, mas realmente a leitura de Angústia, de Graciliano Ramos [livro sorteado no mês de fevereiro] só pôde ser realizada e concluída agora no final de março... Ele começou arrastado, depois ficou bom mas o final me deixou meio que decepcionada... Espero não demorar tanto pra ler o título escolhido pra março, ainda mais que o Desafio já está quase completando um ano e chegando ao fim, então não devo desanimar logo agora... 

O livro sorteado foi O mar de monstros, livro 2 da série Percy Jackson, de Rick Riordan. Já li O ladrão de raios uns anos atrás e gostei. 

Esse Desafio foi uma maneira que encontrei de desencalhar os livros não lidos da minha estante [e não são poucos]. Selecionei 141, pois de lá pra cá acabei comprando outros e não inseri na maçã vermelha o papelzinho com o nome destes, mas aos poucos vários foram lidos, sem contar que peguei alguns da estante independente de sorteio, então, caso eu sorteie o nome de algum já lido, é só anular e sortear de novo... 

Outra coisa bacana é que esse título de Rick Riordan está em minha meta de leitura do Skoob, então, mato dois trolls com apenas uma bola de fogo [gíria de RPgista, entendedores entenderão haha]... Explicações dadas, até o próximo post. ^.~



terça-feira, março 24, 2015

11ª Roda de Leitura Paudalho - PE e Encontro de Fãs Fantásticos Editora Arqueiro

Então, pessoal... Tivemos nossa décima primeira edição da Roda de Leitura nesse último domingo, dia 22 de março. A temática foi Mitologia Grega e discutimos O livro de Ouro da mitologia grega, de Thomas Bulfinch. Tivemos uma série de imprevistos mas no final a Roda acabou acontecendo...

Primeiramente o dia começou chuvoso. Muita chuva e muitas pessoas que sempre vão acabaram desistindo por conta do mau tempo. Para os que não sabem, as rodas costumam acontecer em espaços abertos e públicos de nossa cidade, como praças e afins... Não temos patrocínio de escolas, prefeitura ou quaisquer órgãos governamentais... Então, a primeira dificuldade do dia foi encontrar um local com coberta para nos proteger do temporal, ou adiar para o domingo seguinte. 

Fizemos no Palco de Eventos do Beira-Rio, uma praça aqui no centro de Paudalho. O problema é que boa parte do Palco estava molhada, mas encontramos uma área seca, juntamos os obstáculos dos skatistas [que treinam sempre por lá] e fizemos a Roda. Dividimos os participantes em 3 equipes: Zeus, Hades e Posêidon. Como foram poucas pessoas, optamos por cancelar várias brincadeiras que tínhamos programado, ficando apenas o Quiz Mitológico e a discussão do livro e do tema em seguida... Não esquecendo, claro, os micos [teve gente que comeu cebola e chupou limão...]

Nós da organização optamos por debater com os participantes sobre a origem de tudo. Como cada envolvido percebia ou acreditava na essência das coisas que nos cercam. O debate só não foi melhor porque não podíamos estender o horário, e já tínhamos começado o evento com uam hora e meia de atraso, esperando mais pessoas chegarem... 

O fator positivo de ter ido pouca gente é que todos que foram puderam ganhar um brinde. Livretos, livros, blocos de post-its, revistas, ecobag e rolou até sorteio de camisa com o logo da Roda de Leitura. Mais do que justo com quem saiu de casa em dia de chuva pra prestigiar a Roda, não é??? A próxima Roda já tem tema e data definidas: Dia 26 de abril, discutindo literatura de Segunda Guerra Mundial. Os livros escolhidos foram O pianista, O menino do pijama listrado, O diário de Anne Frank, A menina que roubava livros e o quadrinhos Maus. Mas claro que citaremos outros...

Abaixo, a self final. Dessa vez foi nossa querida Nathy quem bateu a photo. Eu estou de vestido xadrez vermelho, num canto da imagem...



Aproveitando o post, queria comunicar o evento da Editora Arqueiro que haverá dia 28 de março na Livraria Leitura Recife, no Shopping Tacaruna. É o Encontro de Fãs Fantásticos, a ser realizado às 16 horas. Quem tiver interesse, pode ir a vontade. Estarei lá, se tudo correr tranquilo e não atrapalhar meus planos durante essa semana... Caso eu vá, faço um post aqui contando como foi...

Até a próxima, e tenham uma boa terça-feira...



quinta-feira, março 19, 2015

Meme - Laços de incentivo à leitura



Já tinha postado esse selo aqui antes, mas gostaria de postar novamente indicando alguma autora e obra que eu tenha lido e gostado muito, e que em breve farei resenha do título escolhido por aqui. Na primeira postagem desse selo, recomendei a obra Frankenstein, de Mary Shelley, e aproveitando o Dia Internacional da Mulher que foi esse mês, vou indicar mais uma autora. A escolhida da vez foi Rachel de Queiroz e seu livro O Quinze



Consegui minha edição em um sebo, e sempre ouvia um professor de português que tive no ensino médio falar muito bem desse livro. Muitos anos depois de concluir a escola, consegui um exemplar no sebo e comprei. A leitura realmente foi intensa e me deixou lacrimosa em alguns trechos. Aguardem que logo farei uma resenha dele por aqui, como fiz com o livro de Mary Shelley [só não vou demorar tanto tempo pra postar como fiz com ele *risos*].

Sempre que eu resenhar o livro escolhido para o meme, eu posto outra indicação, ok?
Até a próxima...

terça-feira, março 17, 2015

O pianista, de Wladislaw Szpilman - um doloroso relato de um sobrevivente judeu ao Holocausto nazista...

Como alguns já sabem, eu sou apaixonada por relatos de guerra, em especial da Segunda Guerra Mundial, e a primeira leitura que fiz de O pianista, em 2009, me deixou uma sensação ao fim da leitura [no decorrer também] de que eu estava levando socos e mais socos no estômago. Em alguns trechos cheguei a pausar a leitura, respirar fundo e fechar os olhos pra me acalmar e prosseguir com a obra... quase 6 anos depois, ao [re]ler o livro, a sensação ainda foi a mesma...

Wladislaw Szpilman era um pianista, judeu polonês que vivia com seus pais, irmãs e irmão na Varsóvia dos anos 30. Ele e sua família presenciaram as tropas alemãs invadindo sua cidade, eles viram de perto seus amigos serem espancados, humilhados e despejados de suas casas e empregos apenas por serem judeus. E sendo uma família judia, eles também não escaparam do cerco antissemita que se instaurava na época da guerra, e logo se viram apertados no bairro judeu, como ficou conhecido o Gueto de Varsóvia. 


Os primeiros anos de guerra foram difíceis, e eles conviviam com um suspense no ar, uma incerteza sobre como suas vidas se modificariam a partir dali e volta e meia uma ameaça nova se desdobrava. Eram os cupons de racionamento, o limite de zlotys que as famílias deveriam possuir, as prisões na rua sem fundamento aparente, a escassez de comida e água, bem como os fuzilamentos aleatórios que testemunharam. O livro, escrito como uma espécie de diário, narra passagens bem severas e cruéis que Wladislaw passou e presenciou, entre elas uma que me deixou extremamente desconfortável:


"Estava atravessando a praça Bankowa e atrás de mim vinha uma mulher empunhando uma panela embrulhada em jornal. Entre nós arrastava-se um velho lapacz, com os ombros arqueados e tremendo, com sapatos furados e pés roxos de frio. Repentinamente, o lapacz jogou-se para a frente, agarrou a panela e conseguiu arrancá-la das mãos da mulher. Talvez por não ter mais energia, ou então porque a mulher segurava o seu tesouro com muita força, ele não conseguiu segurar a panela, que caiu sobre a calçada derramando uma sopa fumegante sobre a rua imunda. Todos três paramos como estátuas. A mulher ficou muda de espanto, o lapacz olhou primeiro para a panela, depois para a mulher e dos eu peito escapou um soluço que mais parecia um gemido. Depois se atirou no chão e começou a lamber a sopa diretamente da calçada, protegendo-a com as mãos, insensível à reação da mulher que, gritando e arrancando os cabelos em desespero, chutava a sua cabeça."

Noutra passagem igualmente chocante, uma equipe de ronda alemã para no prédio em frente ao que a família Szpielman se alojava e jogaram um senhor idoso numa cadeira de rodas do terceiro andar, enxotando os moradores do prédio para a rua, fuzilando-os em seguida. A violência perpetrada pelos alemães era frequente e os judeus precisavam contar com a sorte para não serem alvejados na rua... Além desse risco, quem ainda tinha 'sorte' era apenas humilhado ou espancado, mas tinha a vida poupada...

Logo o cerco aperta e o inevitável acontece. Os rumores sobre uma deportação em massa para campos de trabalhos forçados [que na verdade eram campos para extermínio judeu] tornaram-se verídicos. A família de Wladek teve o destino selado, e apenas uma de suas irmãs e Henrik, seu irmão, passaram na 'triagem'. Mas no meio das pessoas amontoadas na praça no dia seguinte, eles se juntaram novamente, pois ambos se ofereceram para ficar ao lado dos pais e irmãos, não desejando escapar ao destino cruel que lhes era imposto... A família Szpielman teve então sua última refeição...




Por sorte [?] Wladek consegue escapar de entrar no trem de gado que levou para a morte seus entes queridos. Sozinho e desesperado, ele precisa agora lutar diariamente e contar com uma boa dose de [mais] sorte para escapar das escolhas aleatórias de fuzilamento, dos piolhos e tifo, do frio e fome, a fim de sobreviver. Os anos seguintes até o fim da guerra são sobre os dias que passou trilhando becos e casas abandonadas e sob constante ameaça de invasão alemã, das bombas que caíam dos céus a fim de ceifar o exército alemão, depois que conseguiu fugir das triagens nazistas. Trabalhou para estes, e quando os judeus já não eram mais necessários, eram mortos. Ele escapou de todas...

Adrien no papel de Wladislaw Szpielman

No fim da guerra, encontrou-se com um soldado alemão e graças a ele pôde sobreviver, muito provavelmente... Mas não vou contar mais detalhes porque vocês precisam ler e conhecer a história desse pianista, que com muita garra conseguiu sobreviver ao horror que a guerra trouxe. De quase meio milhão de judeus que viviam em Varsóvia, alguns poucos milhares conseguiram escapar do Holocausto, mas perderam tudo: família, objetos, casa, trabalho, a sanidade...



Ao fim do livro, há trechos do diário do soldado alemão que o ajudou, Wilm Hosenfeld. No prefácio, seu filho Andrzej Szpilman fala sobre não deixar cair no esquecimento o nome desse soldado que ajudou a salvar a vida de seu pai. Wladek não era escritor mas escreveu sua história assim que a guerra teve fim, ele era um renomado compositor de seu país, e pode-se dizer que a música o salvou... Acompanhamos a trajetória do pianista com um misto de horror e esperança de que ele iria se safar a cada página. É um relato cru e impiedoso de um conflito que matou milhões e destroçou outros milhares. É, acima de tudo, uma herança sobre a memória dos judeus que pereceram nos fornos crematórios e nas câmaras de gás dos campos de concentração... Em suma, uma obra emocionante e que nos permite enxergar por uma perspectiva de alguém que viveu no Gueto de Varsóvia... 

Houve uma excelente adapta da obra, dirigida por Roman Polanski, trazendo Adrien Brody no papel de Wladislaw. Papel esse que lhe rendeu o Oscar de melhor ator [mais que merecido]. Confira abaixo o vídeo do momento em que ele é anunciado como o ganhador do Oscar naquele ano de 2003. Sabe aquele choro nervoso, cheio de soluços, que você não consegue controlar e seu corpo responde às lágrimas com espasmos? pois é. Foi o que ocorreu comigo ao ver esta obra-prima...



Espero que tenham curtido a resenha... Já leram ou tem vontade de ler esse livro? O que acharam dele: Me contem nos comentários... Até a próxima postagem... 



sexta-feira, março 13, 2015

Sleepy Hollow - A lenda do cavaleiro sem cabeça...



E nessa linda sexta-feira 13 trago para vocês a resenha de uma história incrível, que mesmo não sendo tão lida é conhecida por muita gente. Trata-se de A lenda do cavaleiro sem cabeça. Escrita entre 1819/1820, por Washinton Irving, a história é um conto que faz parte do livro Os esboços de Geoffrey Crayon, uma coletânea de ensaios e histórias. 

"Era uma terra encantadora de mente fantasiosa, De sonhos que acenam diante de olhos semicerrados; E de castelos alegres nas nuvens que passam, Iluminando para sempre um céu de verão. Castelo de indolência." 

A obra é bem detalhista, curta e apesar do nome dar ênfase ao cavaleiro, a história gira mais em torno do lugarejo onde surge sua lenda e sobre o professor Icabode Crane, um professor atrapalhado, sem teto e que vive de ajudas que a população local lhe dá, incluindo aí um teto para dormir e comida. Ele dá aulas para as crianças do Vale Adormecido, e nasceu em Connecticut. Veio parar naquelas terras justamente para educar ops pequenos, e ninguém sabe de seu paradeiro depois que ele se encontrou com o famoso cavaleiro, que segundo a lenda, era um soldado que teve sua cabeça arrancada por uma bala de canhão. Fantasma esse que só dá o ar de sua [des]graça ao final do conto, embora seja citado desde o começo da narrativa. 

Christina Ricci e Johnny Depp, na versão de Tim Burton


Apesar de romanceado em vários filmes, incluindo aí a versão de Tim Burton, com Johnny Depp no papel do esfomeado professor, Icabode Crane não tem nada de romântico. Ao se aproximar de Katrina Van Tassel, ele pensa mais na comida e fortuna que herdaria ao se casar com ela do que com a própria beleza da moça. E mesmo sendo com esse objetivo, ele ainda precisa enfrentar a raiva de seus oponentes, pois a moça atrai vários admiradores na região, entre eles Abraham, ou Brom Van Brunt, como é mais conhecido. Sabendo que num embate ele seria logo derrotado, Icabode sempre foge das artimanhas de seu rival, mas não escapa das humilhações impostas por ele, ainda mais na frente de Katrina. 

"Teria vivido uma vida agradável, a despeito do demônio e de suas obras, se não tivesse cruzado seu caminho um ser que provoca mais perplexidade ao homem mortal do que os fantasmas, duendes, e toda raça de bruxas reunidas: uma mulher."

Como falei no início do texto, o doutor era ajudado pelos moradores do Vale, e passava noites e mais noites sendo servido com uma boa janta, sempre tinha um lugar para se hospedar e meio que fazia um 'rodízio de paragens'. Entre tantas noites de inverno ouvindo histórias das senhoras holandesas, e apesar do deleite em passar um tempo com tais pessoas, ele tinha medo quando precisava voltar ao local onde dormia...

"Mas o prazer que havia em tudo isso - no cantinho aconchegante ao pé da chaminé de uma sala em que a lenha estalando na lareira produzia uma coloração rubra, e onde, e claro, nenhum espectro ousava mostrar o rosto - só se tornava evidente na volta, graças ao terror que o acompanhava o retorno a casa. Que formas e sombras terríveis povoavam seu caminho, em meio ao fulgor vago e assustador de uma noite sob o manto da neve! Com que olhar ansioso ele observava cada raio de luz tremeluzente de alguma janela distante que cortava os campos incultos! Muitas vezes ele se assustava com algum arbusto coberto de neve que, qual fantasma encoberto por um lençol, surgia em seu caminho! Quantas vezes não se encolheu num arrepio gelado ao ouvir o som de seus próprios passos sobre a crosta gélida debaixo de seus pés; e teve medo de olhar por cima dos ombros, temendo dar de frente com algum ser misterioso a lhe seguir de perto os passos! E quantas vezes também não desfaleceu por completo por causa de uma rajada impetuosa, que vinha sibilante irromper por entre as árvores, achando tratar-se do Mercenário Galopante do Vale em uma de suas andanças noturnas!"


A história é contada sobre a perspectiva dos escritos de um tal Dietrich Knickerbocker, que relata os estranhos acontecimentos que precederam o desaparecimento do doutor Icabode Crane do Vale Adormecido, bem como a descrição da lenda do Cavaleiro contada por todos que habitavam o local. Segundo suas anotações, o cavaleiro foi sepultado no cemitério da igreja e ele sempre volta à noite procurando sua cabeça. Ele geralmente atravessa o vale apressado, pois precisa voltar ao seu túmulo antes que a aurora apareça no horizonte... Dietrich seria um visitante antigo do Vale, creio eu, e narra tudo com uma riqueza de detalhes impressionante... 

Em suma, A lenda do cavaleiro sem cabeça é uma história apropriada para uma noite fria e chuvosa, de preferência lida a pouca luz e melhor ainda se for numa sexta-feira 13 *risos*. É uma ótima opção para quem busca leituras curtas, pois tem apenas 72 paginas [ao menos minha edição, da Editora Nova Alexandria...]. É válido também assistir algum filme, mas se for assistir a versão de Tim Burton, não espere fidelidade absoluta entre o livro e o conto, embora não deixe de ser uma excelente adaptação...



Espero que tenham curtido a resenha. Até a próxima...

quinta-feira, março 12, 2015

Frankenstein - Mary Shelley


Hoje fazem exatos 197 anos que o livro Frankenstein, da autora Mary Shelley foi publicado. Em 1818, foi o ano em que essa obra-prima da literatura de horror universal surgiu. Minha edição é da Editora Martin Claret, gosto bastante dele, pois o comprei porque seria uma leitura para faculdade, numa cadeira eletiva, e também porque era louca pra conhecer a história...

Quem me conhece sabe que tenho certa 'quedinha' por criaturas/pessoas marginalizadas e/ou grotescas [Leia-se Quasímodo, O homem que ri, Freaks, e por aí vai...]. Então, resolvi fazer um trabalho de apresentação com a temática de monstros nessa cadeira eletiva que paguei, e em outra ocasião falarei disso, mas por hora vamos nos concentrar em Mary Shelley.

A história é sobre o dr. Frankenstein, que em sua sede de ambição, pretende dar vida a um corpo morto. Alucinado em suas pesquisas, se isola da família e vai morar num local afastado, onde começa a roubar pedaços de cadáveres no cemitério para formar o corpo da Criatura, costurando os pedaços. Por ironia do destino, sua experiência bizarra dá certo e logo ele se vê frente a frente com sua criação, uma criatura grotesca e monstruosa, cheia de remendos, e que aparentemente não tem inteligência. Desesperado e horrorizado com o que fez, o médico parte dali deixando para trás seu experimento. O problema é que o experimento' está confuso, se sente abandonado por seu Criador e resolve partir pelo mundo em sua procura, a fim de questionar-lhe sobre o motivo de ter sido deixado para trás...

Durante seu percurso, a Criatura [que erroneamente chamam de Frankenstein quando na verdade esse é o sobrenome de Victor, o médico - e ele próprio não possui um nome, sendo mencionado em todo o livro como simplesmente 'a Criatura'], vai se deparando com o mundo inteiro e toda a beleza e crueldade que existem nele. As pessoas que o veem fogem assustadas. Ele se indaga sobre o porquê de afugentar as pessoas, já que não faz mal nenhum pra elas. Numa dessas paragens, passa um tempo numa casa onde há um cego, que parece ser o único amigo que ele encontra durante a viagem. Ele aprende a ler, e entre as obras que lhe chegam às mãos, está o livro Paraíso perdido, de John Milton. Seria uma espécie de alusão à Criação e Criador... Crítica de cunho religioso sobre a criação do homem e sua 'queda'.

Durante a jornada em busca de Victor, infelizmente a Criatura acaba perdendo sua 'bondade' e vai sucumbindo à tristeza e raiva de ter sido rejeitado. Então ele resolve se vingar de seu Criador, matando todos a quem ele ama... Ele não poupa nem crianças... 

A narrativa se dá através de cartas que são escritas por um capitão chamado Robert Walton que descobre a história quando está a bordo de seu navio rumo ao pólo norte e seus homens avistam a Criatura num trenó. Pouco depois ele encontra num bote o dr. Frankenstein, que passa a lhe contar sobre o infortúnio que se abateu em sua vida e família desde que criou o monstro e ele se vingou matando os seus parentes... Então o capitão escreve à irmã contando toda a história...

[SPOILER] Um fato interessante sobre o livro é a maneira como Shelley fazia críticas a sociedade em sua época. A própria questão da criação, quando o cientista tenta ser 'Deus' e pretende dar vida a algo morto, é parte desse processo de crítica. Na época em que foi lançado, o mundo se encontrava em processo de modernização, a ciência ganhava mais adeptos e descobertas foram feitas. Tudo em nome do progresso. A ética também é descrita na obra; um exemplo bem claro é na morte do irmão de Victor, em que a empregada que cuidava do menino é acusada da morte dele, e mesmo Victor sabendo de sua inocência, deixa a pobre mulher ser condenada à morte, pois sabia que se descobrissem que foi o monstro que ele criou que cometeu o crime, ele é quem seria punido. Ele preferiu ver uma inocente pagar por seu ato irresponsável, a fim de se safar da pena. [FIM DO SPOILER]



Ao longo do tempo, a Criatura ganha 'experiência' e discernimento. E quando finalmente consegue alcançar o doutor, exige que ele faça uma companheira pra ele, a fim de suportar melhor a solidão, em virtude de ninguém querer sua companhia. A Criatura sofre com o peso de ser diferente' dos demais seres, ela é marginalizada pelo mundo por sua aparência que não se enquadrava nos 'moldes adequados'. Isso nos coloca em reflexão, sobre nós mesmos, e em quantas vezes somos desprezados e rejeitados por ter um pensamento, ideal ou aparência que não se encaixam naquilo que é considerado perfeito. Por último, mas não menos importante, percebam na leitura de narrativa maravilhosa - diga-se de passagem - o aspecto da dualidade e do ser que se corrompe ao conhecer o pior que a natureza tem a nos oferecer. A transição do monstro se tornando um ser possuidor de pensamentos vis e aterrorizantes, e em que aspectos essa condição lhe foi gerada - o mal do mundo converteu a Criatura, transformando-a realmente num monstro assassino, quando antes era um ser bom, apesar de grotesco... é sobre a queda do indivíduo.

Existem várias adaptações do livro para o cinema, e a mais famosa é a que Boris Karloff dá vida ao personagem monstro. Posteriormente deram uma companheira para ele, num filme chamado A noiva de Frankenstein. 



Em suma, o livro faz com que analisemos diversos aspectos diferentes e que podemos encaixar em nosso próprio cotidiano. Quem nunca se sentiu em algum momento como a Criatura de Frankenstein que atire a primeira pedra...



Mary Shelley era filha do poeta William Godwin e casou-se com Percy Shelley, tendo criado a história numa noite de tempestade, num encontro com seus amigos, entre eles o poeta Lord Byron... O que era pra ser apenas um conto criado numa simples brincadeira, se tornou um clássico da literatura mundial, e um clássico indispensável na lista de livros para se ler antes de morrer, de qualquer leitor que se preze... 

Até a próxima, pessoal. Espero que tenham curtido a resenha... 

terça-feira, março 10, 2015

Mangá - Love in the Hell Volume I



Estava eu de bobeira na banca de revistas aqui de minha cidade, e distraidamente fui até a sessão de mangás e quadrinhos enquanto esperava meu suco de açaí ficar pronto. eis que uma lombada rosa me chama a atenção pelo título curioso: Love in the Hell. Imediatamente puxei o mangá da prateleira e percebi que se tratava do primeiro de três volumes. Olhei o preço: 12,90. Pensei 'vou comprar'. Caso eu não curtisse a história, poderia dar a alguém ou trocar num sebo...

Ultimamente não venho tendo feeling pra ler quadrinhos, comprei alguns que estão começando a encalhar na estante, mas foi diferente com esse porque assim que eu rasguei o plástico e folheei, implorei pra tarde acabar logo e eu poder chegar em casa do trabalho pra ler. O resultado é que devorei Love in the Hell e ele me rendeu altas [eu disse ALTAS] risadas.

Trata-se de um mangá no estilo Ecchi [conteúdo levemente' erótico com muitos peitos, garotas e rapazes atrapalhados]. Conta a história de Rintarô Senkawa que acaba morrendo de forma estúpida, porque bateu a cabeça numa quina de móvel dentro de casa enquanto bebia. Ele acorda e vendo seu corpo no chão, imagina ir caminhando para o Paraíso, pois crê que não comete pecado algum para merecer uma condenação eterna... Mal sabe ele que acaba indo parar no inferno e terá que se redimir de seus pecados. E para ajudá lo nessa 'redenção', surge a diabinha Koyori [uma gracinha, mas não a provoque]. 

eu avisei que não deveriam provocá-la...

Ele está nu, e ela empresta seu ipod pra cobrir suas partes íntimas e a cena me fez gargalhar imensamente. Ele toca nos chifrinhos dela e percebe que ela fica 'molhada' pelos chifres [isso é coisa de hentai mesmo *risos*] e depois da confusão inicial, em que ele conhece outra personagem de peitos avantajados [Momone], e vê que se inventar de tocar nos peitos dela também vai ser esfolado, ele desiste da ideia...

Koyori o leva para uma cidade onde existem outros pecadores e ele se sente indignado, por achar que não deveria estar ali. Rintarô percebe que pra comer, dormir ou mesmo se vestir precisa de dinheiro, e esse dinheiro só se pode conseguir de maneira dolorosa. A cada castigo físico que sua guia Koyori fizer nele, ele ganha um carimbo, juntando alguns desses carimbos que valem 'dóilares' ele pode comprar uma cueca, por exemplo... Mas a que arrumam pra ele com o dinheiro que ele tem é ridícula, mas é a opção 'menos pior' que ele tem no momento...

Vão surgindo outros personagens ao longo do mangá e eles proporcionam cenas pra lá de hilárias. Como uma das garotas que tenta seduzir Rintarô e tem os peitos arrancados por seu carrasco. Todos os pecadores que são feridos num dia aparecem intactos no dia seguinte, pois precisam sofrer novamente. Quanto mais sofrem, mais dinheiro conseguem para se manter. A única maneira de purgar seus pecados e sair dali é se submeter aos castigos de seus carrascos. 

Praça da Redenção...


A minha personagem preferida foi a diabinha Koyori, claro. Ela é responsável pelas tiradas mais engraçadas do mangá. No quarto dela tem pôsteres de Slipknot, Ozzy, Misfits, AC/DC, Motorhead e não preciso dizer que me animei ainda mais com essas referências, não é? Aguardo ansiosa pelo próximo volume. Vamos ver em que confusões Rintarô vai se meter pra conseguir sua redenção e saída do inferno...



Ficha técnica: Love in the Hell Volume I [+18]
Editora JBC
Keiji Suzumaru
190 páginas
R$12.90 
Ano de publicação: 2015.

segunda-feira, março 09, 2015

'O amor é um cão dos diabos', já dizia o velho Buk...


No dia 09 de março de 1994 um grande gênio da literatura partia, vítima de pneumonia, em decorrência de uma leucemia. Um homem conhecido por escrever sobre as mulheres que passaram em sua cama, pelas bebidas e apostas em corridas de cavalo. Que falava com maestria sobre os problemas cotidianos, de maneira poética, e um toque de crueldade e desistência das sensações humanas. Sua forma de falar era suja, nua e crua, deixando no leitor uma sensação de 'estou na merda mas que coisa bonita de se ler pra seguir em frente'. Meio que se consolar com a desgraça alheia para nunca desistir de si mesmo. Bem, pelo menos é dessa forma que enxergo Charles Bukowski...

sou tão fã que vou tatuar essa quote em breve...

Nascido na Alemanha, veio para os Estados Unidos com três anos e morou a vida inteira lá, até sua morte. Em sua viagem pela terra, deixou uma filha e vários livros escritos, entre eles O amor é um cão dos diabos, publicado pela L&PM Editores. O livro seria uma compilação de vários poemas escritos por Bukowski em que conhecemos as facetas do autor com as mulheres que percorreram sua vida, e como esses relacionamentos relâmpagos se extinguiam... Suas visitas a bares, encarando gente desconhecida e com histórias tão lamentáveis quanto a sua, pessimismo em várias nuances, bebidas, madrugadas de solidão e quartos vagabundos de hotel... 

"Mais uma criatura atormentada pelo amor"

São poemas cheios de palavrões e que trazem a beleza de uma tragédia contidas em suas linhas. Diálogos meio soltos, dispersos, porém profundos. O amor é um cão dos diabos foi uma de minhas melhores leituras do velho Buk, por quem sou loucamente apaixonada... Meio impossível não se identificar em alguns amargos trechos... 

"o telefone continuava tocando.
atendi.
"alô?"
"EU TE AMO!", ela disse.
"obrigado", eu disse.
"é tudo o que você tem
pra me dizer?"
"sim."
"Vá à merda!" ela disse e
desligou.
o amor se esgota, pensei
ao caminhar de volta ao]banheiro, mais rápido
do que um jato de esperma."

Como havia dito, Bukowski tinha um jeito poético e meio que degradante de romper relações, e nesses encontros e [des]encontros durante sua vida, ele nos deixou um legado incrível, que deve ser conhecido por todo leitor que se preze. Sim, a indicação que dou é que leia Bukowski em algum momento de sua vida, pois seria uma heresia não conhecer os textos extremamente autobiográficos do velho safado...





Se você é do tipo de leitor que prefere romances água com açúcar, com mocinhas delicadas e mocinhos educados, certamente vai se espantar com os personagens dos livros de Bukowski. Geralmente são prostitutas, bêbados, gente das ruas e todo tipo de marginalizados que permeiam seus contos e poemas... Junte a essa receita uma boa dose de sarcasmo e ironia, bem como o fado ao fracasso e desesperança... Ao terminar Pulp, Charles nos abandona, aos 73 anos de idade. Não posso dizer se ele foi completamente feliz, e certamente não o foi, mas que aproveitou as coisas [des]agradáveis que a vida lhe ofereceu... ah, isso ele aproveitou... 



Mais do autor aqui no blog:

domingo, março 08, 2015

10ª Roda de Leitura e 4ª Turnê Intrínseca

a selfie...
Dia 22 de Fevereiro tivemos nossa 10ª edição da Roda de Leitura aqui em Paudalho. A temática do mês foi discutir a obra A hora da estrela, de Clarice Lispector, e rendeu um debate sobre a importância que você dá às estrelas que passam em sua vida, antes que o brilho delas se apague. Morte, valorização de amizade e afins foram os temas centrais da tarde, contados de forma emocionante, pondo várias mentes em reflexão... Apesar de temática tão séria, não deixamos de nos divertir, é claro. Rolaram muitas brincadeiras, gente pagando mico e alguns sorteios bacanas.

Infelizmente, devido ao tempo chuvoso naquela tarde, muitas pessoas acabaram não indo, mas ainda assim, conseguimos passar uma tarde agradável, incluindo marinheiros de primeira viagem, que já se animaram a participar das próximas edições... Sorteamos alguns títulos bacanas, entre literatura juvenil e poesia. Na organização do mês, apenas Carlinhos, Danilo e eu pudemos comparecer, os demais tiveram um contratempo e não puderam ir ao evento. Distribuí marcadores de páginas do blog e livretos diversos...

sorteados dessa edição...

Aproveitando o post, já quero anunciar a próxima Roda, que será sobre Mitologia grega, sendo realizada agora no dia 22 de março. Quem for de Paudalho e arredores, pode participar. contamos com sua presença! 


Danilo, eu e Carlinhos...

E ontem [07/03/15] fui a 4ª Turnê Intrínseca em Recife, onde pude conhecer os lançamentos da editora em primeira mão, além de conhecer e [re]ver gente bacana. Foi uma tarde bem divertida, houveram vários sorteios mas infelizmente não ganhei nenhum dessa vez. Todos os participantes ganharam um kit Intrínseca, com bloquinho, lápis, bolsinha, marcadores, bottons, pin, um e-book grátis e um cordão para crachá, tudo muito bem feito e organizado. O evento aconteceu no teatro da Livraria Cultura, no Shopping RioMar, com duas sessões; eu entrei na sessão do meio-dia, terminando o encontro às 14:00 horas. 



meu Kit Intrínseca


Bem, por hoje é só. Espero que tenham curtido... Até o próximo post... 


quarta-feira, março 04, 2015

...literapromíscua...


Caio é meu, Charles também. Entram dois Jacks nessa orgia, o Kerouac e o London. Não posso esquecer meu amante melancólico Azevedo, meus moleques Neil, Rimbaud e o safado careca do Pedro Juán.

Pego mulher também, não dispenso um lesbianismo com Clarice e Florbela, Ana Cristina e Anais. Não posso esquecer da Akhmátova. Sou vidrada num sotaque russo ao pé do ouvido, bem do jeito que Dostô e Tolstói falam comigo. Nesse sexo transcendental tem espaço pra Trevisan e Kundera, Franz e Pablito. E se Pessoa bobear, eu flerto com ele também. Tudo bem que Oscar me dispensou por Bosie, mas ele um dia foi meu...

Sou literapromíscua.



segunda-feira, março 02, 2015

Correios e Compras de Fevereiro/2015

Gente, volto aqui com mais uma caixinha de correio, e esse mês de fevereiro recebi mais visitas do carteiro do que no mês anterior, mas ainda assim não chegou tudo o que estou aguardando. Creio que em março a caixa vai estar abarrotada, mas vamos lá conferir o que recebi...


Ganhei numa promoção da FanPage Amiga da Leitora o kit do livro Manuscritos do Mar Morto, de Adam Blake. Como eu já possuo esse livro, resolvi sorteá-lo aqui no blog, então aguardem novidades... Thais ainda mandou uma cartinha super fofa junto com o livro, e vou guardá-la de lembrança... 

Recebi também meu livro O reinado Parte I, suplemento de RPG Dragão Brasil, que comprei pela Estante Virtual no final de fevereiro... Recebi um livreto da Editora Novo Conceito e já escrevi as primeiras impressões que tive com o início da leitura...



Recebi um exemplar de Anelisa Sangrava Flores, como cortesia do autor Anderson Henrique. Estou ansiosa pra ler, e logo postarei resenha aqui. Aguardem!



As compras foram mínimas. Ando na tentativa [quase sempre frustrada] de não comprar livros [ou grande quantidade deles] e esse mês até que me segurei, comprando apenas 4:


  • Hamlet - William Shakespeare
  • Pergunte ao pó - Espere a primavera, Brandini - John Fante
  • O círculo vermelho - Edgar Wallace
  • O Reinado parte 1 - Dragão Brasil - Marcelo Cassaro [lido] 5 estrelas

Além dos livros, comprei 3 quadrinhos:

Tex edições 31 e 35 e Marvel 99 edição 3.



Sei que não tem nada relacionado com livros mas ganhei um morceguinho de pelúcia de uma amiga minha [Glenda] que voltou do Canadá, e resolvi postar a photo dele aqui porque ele é muito fofo.

veio com um pirulito mas eu já comi .-.


Bem, creio que consegui me conter com relação a compras, não é? Até a próxima caixinha de correio.