segunda-feira, fevereiro 21, 2022

A dream / Louisa Lawson #PoesiaRotaMundo

 



Just as the grey dawning gan faintly to beam
One still summer's morning I dreamt a fair dream.
I thought that my body was tenantless clay,
And friends were preparing to lay it away,
They stood at my bedside, one weeping aloud,
While two with deft fingers placed on me a shroud.
And one who had loved me and knew all my care
Placed flowers about me and braided my hair,
And murmured, " Poor creature, her troubles are o'er,
And they who have vexed her can vex her no more. "
Then tenderly crossing my hands on my breast
She kissed me and blessed me and left me to rest.
The kindest words only about me were said
And restfully thought I, " 'Tis well to be dead. "
I sighed with contentment, so safe did I seem —
Alas, for the sigh! for it banished my dream.

Louisa Lawson, nascida em Nova Gales do Sul, foi uma escritora poeta e sufragista da Austrália. Viveu numa família numerosa que passou necessidade e acabou abandonando a escola antes de concluir os estudos. Casou aos 18 anos com um marinheiro sueco e teve quatro filhos com ele, que viajava devido a sua profissão, deixando a Louisa o cuidado e educação dos filhos. Dentre seus trabalhos mais conhecidos, podemos citar To a Bird, To my Sister, The Hour is coming e Lines Written During a Night Spent in a Bush Inn. Faleceu em 1920, aos 72 anos. 
 

 
A Austrália é o maior país do novíssimo continente, como é conhecida a Oceania. A língua oficial é o inglês, devido ao período em que a região foi uma colônia britânica. A população nativa era comporta de cerca de 250 nações de aborígenes, mas atualmente, boa parte de sua população é composta de estrangeiros. 
 
Sua capital é Camberra, mas Sidney é considerada a mais popular. Vale a pena destacar também Perth, Brisbane e Adelaide. Boa parte do território australiano é desértico, onde habitam espécies de animais que não existem em outras partes do mundo. 
 

 
A Austrália é dividida em seis estados e a ilha da Tasmânia. O personagem Taz de Looney Tunes é baseado num animal da região, o diabo-da-Tasmânia, pertencente à classe dos marsupiais.


 
A poesia selecionada faz parte do Projeto RotaMundo, em parceria com o blog Poesia na Alma. Neste mês de fevereiro teremos poesias dos países que compõem a Oceania: Austrália, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné. Para encontrar as demais obras, visite nossas redes [Instagram e Youtube]. Para saber quais os poemas escolhidos por Lilian Farias, visite o blog Poesia na Alma. 

sexta-feira, fevereiro 04, 2022

A vegetariana, Han Kang

 


Um dos grandes títulos publicados na literatura contemporânea da Coréia do Sul, A vegetariana foi escrito por Han Kang. A trama se divide em três partes e é ambientada em Seul. Acompanhamos a história de Yeonghye, artista gráfica que decide parar o consumo de carne depois que teve um pesadelo sobre a crueldade humana manifestada através do abate de animais. Sem comunicar ao marido e outros parentes, estes assistem com relativa relutância e estranheza os novos hábitos alimentares de Yeonghye.

Sua nova maneira de enxergar o mundo, bem como a mudança em sua rotina alimentar faz com que ela passe a ser excluída socialmente e vista como uma aberração, inclusive por pessoas de sua família, que passam a enxergá-la como se fosse um peso a ser suportado. A primeira parte do romance tem como narrador o marido da protagonista, que desde o começo já deixa claro que seu casamento se consumou por conveniência, e o que pensa de sua mulher é que ela é uma pessoa insípida, sem atrativos. É interessante ver nessa representação um casamento de fachada, que parece cumprir seu propósito de ser socialmente aceito numa cultura tradicional. 

Na segunda parte da narrativa, o cunhado de Yeonghye nos possibilita conhecer uma faceta até então escondida do convívio familiar. Sendo um artista plástico, vê na figura da própria cunhada uma possibilidade de gravar um vídeo para um projeto com corpos nus e flores pintadas, devido a uma mancha que a cunhada possui no corpo. A partir dai, se desvela ao leitor uma atração sexual que tem um desfecho surreal, beirando a insanidade mental.

Em sua parte final a narrativa foca em Inhye, que passa a cuidar da irmã, tendo que lidar também com o vendaval que devastou sua família. A história possui uma simbologia curiosa com relação à plantas e o comportamento de Yeonghye, numa espécie de metamorfose, sinalizada em vários trechos do livro. A história lida com temas complexos como loucura, abandono, erotismo e surrealismo. 

Em suma, é uma leitura que proporciona ao leitor vários questionamentos carregados de estranheza e conjecturas sobre as relações humanas. 



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