quinta-feira, junho 30, 2022
╬† O golem - Gustav Meyrink ╬†
quinta-feira, junho 16, 2022
Carta sobre a Felicidade (A Meneceu) - Epicuro
Então, o mais terrível de todos os males, a morte, não significa nada para nós, justamente porque, quando estamos vivos, é a morte que não está presente; ao contrário, quando a morte está presente, nós é que não estamos. A morte, portanto, não é nada, nem para os vivos, nem para os mortos, já que para aqueles ela não existe, ao passo que estes não estão mais aqui. E, no entanto, a maioria das pessoas ora foge da morte como se fosse o maior dos males, ora a deseja como descanso dos males da vida.
o que importa não é a duração, mas a qualidade da vida.
De fato, só sentimos necessidade do prazer quando sofremos pela sua ausência.
quarta-feira, junho 08, 2022
[Ditadura na História] A história das Ligas Camponesas - Zito da Galiléia
Durante o período da Ditadura Militar que se instaurou no Brasil nos anos 1960, várias instituições e nomes ligados à causa social foram perseguidos, torturados e/ou mortos. Mas o Golpe que culminou em 21 anos de domínio militar não se iniciou apenas naquele ano. Pelo menos uma década antes já dava sinais do que viria a se tornar.
O movimento camponês ganhou força à partir da organização de trabalhadores rurais, que se sentiam deslegitimados pela classe opressora proprietária dos latifúndios. Buscando melhorias nas condições trabalhistas, além de validar direitos constitucionalizados ao proletariado e suas famílias, surgiu no interior pernambucano a Liga camponesa no Engenho Galileia, situado no município de Vitória de Santo Antão, Zona da mata do estado.
No presente livro intitulado A história das Ligas camponesas - Testemunho de quem a viveu, o autor Zito da Galiléia acompanhou desde a infância as movimentações trabalhistas ocorridas dentro de seu seio familiar, sendo neto de Zezé da Galiléia, importante figura desse período, e desde cedo militou em prol dos camponeses, enfrentando inclusive a repressão por parte dos políticos ligados à força militar que dominava o país com brutalidade.
A obra perpassa pelo inicio da militância, com a fundação das Ligas, apresentando nomes de pessoas que foram vitimadas pelas ações perpetradas contra eles e aponta os algozes do conflito. Em vários trechos é possível o leitor se indignar com o tratamento aplicado aos moradores que trabalhavam em latifúndios e que eram expulsos sem direito a nada, além, claro, dos violentos castigos físicos e emboscadas que culminava na morte desses indivíduos.
Trata-se de uma leitura que denuncia os abusos cometidos contra a classe trabalhadora rural daquele período, num relato detalhista e chocante. Desaparecimentos eram frequentes, assassinatos sem solução e em meio a todos esses horrores, uma classe humilde tentando ser ouvida e ter seus direitos básicos garantidos, numa luta contínua contra a repressão dos anos que precederam a Ditadura Militar no Brasil, repressão essa que se tornou ainda mais violenta nos anos vigentes do Golpe.
O autor ainda mostra a situação de algumas dessas figuras importantes anos depois da reabertura democrática do país. Como a Galileia se encontrou desolada durante 21 anos, e mesmo os governos mais recentes não deram devida importância à região, palco de lutas, opressão e violência.
Não escute a voz daquele que disser "É preciso sofrer na Terra para alcançar a salvação no céu." Isso é mentira, porque quem assim fala tem a barriga cheia e vida folgada. Nem daquele que falar assim: "O mundo está dividido entre ricos e pobres. É Deus quem quer.". Outra mentira. Quem quer isso é o latifúndio, é a burguesia, é o imperialismo, para viver montado no espinhaço do pobre, bebendo o seu sangue, como a onça ou o morcego, e só deixando os ossos.
O livro conta ainda com algumas imagens de indivíduos envolvidos nas lutas por reforma agrária, pertencentes às Ligas Camponesas e matérias de jornal da época. A história das Ligas Camponesas é um relato essencial para se compreender esse movimento da História pernambucana.
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sexta-feira, junho 03, 2022
Fábulas de La fontaine