quinta-feira, abril 11, 2024

A mão misteriosa, de Agatha Christie

Lymstock é uma pequena cidade pacata onde seus habitantes aparentemente possuem uma vida tranquila e livre de problemas. Mas em dado momento a cidade se vê diante de uma ameaça invisível: uma mão misteriosa, que passa a enviar cartas anônimas para alguns habitantes da cidade, semeando discórdia, conflitos, chegando ao ponto de um crime acontecer...

Quem seria o assassino, autor dessas cartas? A cidade fica em polvorosa, a desconfiança se faz presente entre os cidadãos e um casal de irmãos que tinham ido passar um período na cidade acabam enredados por essa trama de intrigas e assassinato... Mas as ações de ambos, principalmente do homem, não seriam o suficiente para pôr fim a esses eventos.. E nesse ínterim, surge Miss Marple, com seu jeito aparentemente inofensivo, colocando os fatos às claras e solucionando mais esse suspense..

Agatha Christie é considerada uma das autoras mais famosas do gênero detetivesco. Suas obras imortalizaram dois grandes personagens: Miss Marple e Hercule Poirot, embora em alguns de seus títulos, a presença de ambos se faz desnecessária e os casos igualmente possuem uma carga de tensão que deixam o leitor atento e em alerta ao longo das tramas...

Publicado originalmente em 1942, foi lançado aqui no Brasil por várias editoras. A edição que tenho é uma publicação da Editora Record, e faz parte da Coleção Agatha Christie. 

 

quinta-feira, abril 04, 2024

Extração da pedra da loucura, de Alejandra Pizarnik

 


Alejandra Pizarnik foi uma poeta argentina, de origem judaica. Nasceu em 29 de abril de 1936, numa região próxima a Buenos Aires. Lançado no Brasil pela Relicário Edições, Extração da Pedra da loucura foi  originalmente publicado em 1968, depois de um período da autora fora da Argentina. 

A escrita de Extração da pedra soa profética, numa espécie de alusão à pintura de mesmo nome do artista holandês Hieronymus Bosch, pintada em 1475. Loucura, suicídio, angústia são temas presentes nos versos que compõem a obra. Alejandra utiliza-se de anáforas para expressar seus sentimentos.

O poema de Alejandra evoca imagens transgressoras, transportando o leitor para paralelos sombrios, questionando a linguagem em suas particularidades. A poeta ocupa um espaço dissonante entre os dissonantes: uma outsider à beira da margem dos marginalizados. 

Esta lilás se desfolha.
Cai por si mesma
e oculta sua antiga sombra.
Hei de morrer de coisas assim. 

Esta lila se deshoja.
Desde si misma cae
y oculta su antigua sombra.
He de morir de cosas así.

Pizarnik faleceu em 1972, após ingerir uma dose de barbitúricos. Suicida aos 36 anos, deixou uma obra impactante e brutal, perturbadora e questionadora acerca das intempéries humanas.