E eles se agarraram, sôfregos, naquele banco traseiro desconfortável do ônibus, num fim de tarde, onde pessoas voltavam do trabalho... beijando-se como se fossem engolir um ao outro, misturando saliva, suor, areia do mar, enquanto suas mãos urgentes trocavam carícias despudoradas, exibicionistas, um buscando no corpo do outro o próprio prazer... e o vento que passava pela janela semi-aberta bagunçava seus cabelos... as pessoas olhavam, alguma sorrindo, outras contrariadas... mas para os dois, não haviam outros, não havia um 'ao redor'... só havia uma aura envolvendo dois corpos sedentos e urgentes de fluídos...
E eles se agarraram, sôfregos, naquele banco traseiro desconfortável do ônibus, num fim de tarde, onde pessoas voltavam do trabalho... beijando-se como se fossem engolir um ao outro, misturando saliva, suor, areia do mar, enquanto suas mãos urgentes trocavam carícias despudoradas, exibicionistas, um buscando no corpo do outro o próprio prazer... e o vento que passava pela janela semi-aberta bagunçava seus cabelos... as pessoas olhavam, alguma sorrindo, outras contrariadas... mas para os dois, não haviam outros, não havia um 'ao redor'... só havia uma aura envolvendo dois corpos sedentos e urgentes de fluídos...
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Aforismos, devaneios, quotes dispersos e impressões literárias...um baú de antiguidades e pós-modernismo. O obscuro, complexo, distópico, inverso... O horror, o amor, a loucura e o veneno de uma alma em busca de liberdade...
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