A vida é sonho - Calderón de la Barca

 


Calderón de la Barca foi um poeta notório do século XVI, nascido em Madri, Espanha. Ainda faz parte da leva de poetas e dramaturgos da Idade de Ouro da literatura espanhola, sucedendo Lope de Vega. Começou a escrever comédias por volta de 1620. Frequentou o meio eclesiástico e possuía uma popularidade que ia além da Corte do rei Felipe IV. 

Em A vida é sonho, Segismundo é o filho renegado de Basílio, rei da Polônia. Assim que nasce, foi encerrado em uma torre e só mantem contato com o mundo exterior graças a um servo de seu pai, Clotaldo, que também serve como uma espécie de guardião. 

A obra é carregada de elementos da fé católica, a efemeridade da vida e sua vaidade. Trata-se de um clássico da literatura barroca. A vida seria apenas um sonho, transitória para a vida eterna; um dogma cristão em que o real e o ilusório se enredam e deixam o leitor/espectador numa aura de incertezas sobre o que se imagina e o que realmente ocorre com Segismundo. 

É possível encontrar resquícios do pensamento hindu, do misticismo persa, do platonismo grego. Segismundo desconhece o que há por trás das paredes da torre, vive numa 'caverna' como a do mito de Platão, em completa ignorância de sua própria vida. A luz é alcançada quando finalmente se dá conta de sua origem. 

A vida é sonho é uma peça barroca que possui elementos trágicos, mesclados a certo tom de humor de seu dramaturgo. É uma das mais famosas obras do teatro popular espanhol. Os recursos de farsa para simbolizar a vaidade da vida fazem parte da estrutura do enredo. 


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