Extração da pedra da loucura, de Alejandra Pizarnik
Alejandra Pizarnik foi uma poeta argentina, de origem judaica. Nasceu em 29 de abril de 1936, numa região próxima a Buenos Aires. Lançado no Brasil pela Relicário Edições, Extração da Pedra da loucura foi originalmente publicado em 1968, depois de um período da autora fora da Argentina.
A escrita de Extração da pedra soa profética, numa espécie de alusão à pintura de mesmo nome do artista holandês Hieronymus Bosch, pintada em 1475. Loucura, suicídio, angústia são temas presentes nos versos que compõem a obra. Alejandra utiliza-se de anáforas para expressar seus sentimentos.
O poema de Alejandra evoca imagens transgressoras, transportando o leitor para paralelos sombrios, questionando a linguagem em suas particularidades. A poeta ocupa um espaço dissonante entre os dissonantes: uma outsider à beira da margem dos marginalizados.
Esta lilás se desfolha.Cai por si mesmae oculta sua antiga sombra.Hei de morrer de coisas assim.
Esta lila se deshoja.Desde si misma caey oculta su antigua sombra.He de morir de cosas así.
Pizarnik faleceu em 1972, após ingerir uma dose de barbitúricos. Suicida aos 36 anos, deixou uma obra impactante e brutal, perturbadora e questionadora acerca das intempéries humanas.
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Aforismos, devaneios, quotes dispersos e impressões literárias...um baú de antiguidades e pós-modernismo. O obscuro, complexo, distópico, inverso... O horror, o amor, a loucura e o veneno de uma alma em busca de liberdade...
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