Cloro, de Alexandre Vidal Porto
Escrito por Alexandre Vidal Porto e publicado pela Editora Companhia das Letras, Cloro aborda a vida [ou pós-vida], do personagem Constantino, que faleceu em uma sauna gay, repentinamente, de AVC. O que até então não seria problema se Constantino não fosse um homem de meia idade, heterossexual, com mulher e filhos e ocultasse sua orientação sexual das pessoas que conviviam com ele.
Após a sua morte, em um lugar que poderíamos considerar como
uma espécie de limbo, ele rememora sua vida, desde a infância até o momento solitário
de sua morte. Durante a narrativa, o leitor vai conhecendo Constantino e seus
temores e angustias, de esconder quem de fato era por medo de uma rejeição
social que costuma acompanhar a vida de um homossexual.
A partir das experiências com outros homens, levando uma vida
dupla, ele conhece Emilio, diplomata que conhece em uma de suas viagens, em
Brasilia. A relação afetiva dos dois permeia toda a trama e nos faz refletir
acerca de como nós mesmos conduzimos nossas relações amorosas, em situações que
- em boa parte de nossas vidas - precisamos esconder por receio de julgamentos
alheios, e de como isso afeta nossa existência.
Com uma linguagem íntima e emocionada, Alexandre Vidal nos proporciona
uma perspectiva de enxergar a vida como finita, e que pode se esvair mesmo
quando nos encontramos na melhor fase dela. Tudo é efêmero e se esvai numa
questão de segundos. Vale a pena esconder quem nós somos se ao fim de tudo o
que nos resta é a morte?
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