Soneto / Francisco Luis Bernárdez #PoesiaRotaMundo
Soneto
Debí perder primero lo perdido,
Si para conseguir lo conseguido
Tuve que soportar lo soportado,
Si para estar ahora enamorado
Fue menester haber estado herido,
Tengo por bien sufrido lo sufrido,
Tengo por bien llorado lo llorado.
Porque después de todo he comprobado
Que no se goza bien de lo gozado
Sino después de haberlo padecido.
Porque después de todo he comprendido
Que lo que el árbol tiene de florido
Vive de lo que tiene sepultado.
Soneto
Se para recobrar o recobrado
Deve-se perder primeiro o perdido,
Se para conseguir o conseguido
Tive que suportar o suportado,
Se para estar, agora, enamorado
Foi mister haver sido ferido,
Tenho por bem sofrer o já sofrido,
Tenho por bem chorar o já chorado.
Porque depois de tudo hei comprovado
Que não se goza bem o já gozado
Senão depois de havê-lo padecido.
Porque depois de tudo hei compreendido
Que o que a árvore tem de já florido
Vive do que têm já sepultado.
Francisco Luis Bernardéz nasceu em 1900, na capital argentina. Sua lírica carrega inspiração religiosa e amorosa. Algumas de suas principais obras são Orto [1922], Bazar [1922] e Poemas de carne y hueso [1943]. Faleceu em 1979.
A Argentina é um pais pertencente ao sul do continente americano. Sua capital é Buenos Aires, bastante visitada por turistas do mundo inteiro, que apreciam os pontos turísticos e a efervescência cultural do país. Alguns dos locais mais famosos da Argentina são a Casa Rosada, sede do governo argentino, Ushuaia, cidade da província Tierra del Fuego, as estações de esquí em Bariloche, Teatro Colón e o cemitério de Recoleta. Evita Perón, atriz e líder política, está enterrada nesse cemitério.
Cementério de la Recoleta |
Patagônia argentina |
A poesia selecionada faz parte do Projeto RotaMundo, em parceria com o blog Poesia na Alma. Neste mês de julho teremos poesias dos países que compõem a América do Sul: Argentina, Chile e Brasil. Para encontrar as demais obras, visite nossas redes [Instagram e Youtube]. Para saber quais os poemas escolhidos por Lilian Farias, visite o blog Poesia na Alma e suas redes sociais.
Acho esse projeto incrível, nos leva a conhecer poetas maravilhosos. Esse soneto tá lindo, mas um autor para entrar na lista.
ResponderExcluircá estou eu lendo seu post enquanto ouço heather de conan grey e caramba combinou demais com seu conteúdo, não exatamente a letra mas o som e a sensação de solitude e reflexão.
ResponderExcluirOie, tudo bem? Ah, acho incrível esse projeto de vocês. Faz um tempinho que não leio poesia mas fiquei curiosa para saber mais sobre algumas da Argentina. Inclusive preciso conhecer mais autores da América do Sul. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirOie, tudo bem? Ah, acho incrível esse projeto de vocês. Faz um tempinho que não leio poesia mas fiquei curiosa para saber mais sobre algumas da Argentina. Inclusive preciso conhecer mais autores da América do Sul. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirAh, que coisa mais linda e sonora. Eu me mudei de novo de Beagá. Mais uma vez para o Paraná. E fronteira com a Argentina. Antes dava para estar lá sempre. Ter contato com essa língua e seu som que me parece mais romântico. Já tô doida que nos abram novamente a entrada ao país. Já estou vacinada!
ResponderExcluirFiquei encantada com o soneto.