Jogo perigoso. Instintos desacorrentados...

O ar parou de soprar naquele momento deixando a atmosfera tensa. Ambos haviam percebido que havia um desejo reprimido ali, escondido, maquiado pelas conveniências... Levemente, ele roça seus dedos nas costas de Marie, que se entregava languidamente ao seu contato... Seus dedos saboreiam todo o comprimento dos músculos doloridos e sua respiração começa a se alterar. Um toque no pescoço a faz desmanchar-se em tremores... aquele jogo perigoso de mãos sobre músculos estava se tornando excitante. Sentindo um arrepio percorrer sua espinha por completo, ela se inclina para trás, recostando-se nervosa ao peito de Pierre, que intensifica seus movimentos, tornando seu toque antes delicado, um vigoroso movimento sensual, enquanto sentia o perfume de seus cabelos ruivos penetrar-lhe as narinas. O perfume exalado daqueles fios sedosos estava deixando-o louco de desejo, e sentiu algo crescer dentro de suas calças. Seu objeto de prazer, que há dias latejava ante a visão estupenda daquele corpo sinuoso, que o provocava com um ligeiro balançar de quadris, ou com um simples sorriso tímido, já não suportava o calor de suas roupas, e almejava o calor do interior de Marie. Por dias inteiros ele desejou possuir aquele corpo, e neste momento, ele estava ali, totalmente submisso ao controle de suas mãos. E Marie suspirava, seus seios subiam e desciam em resposta à respiração de Pierre em sua nuca. As mãos dele estavam mais ousadas, e a massagem de alto teor inebriante tomou proporções carregadas de tesão. Desceu seus dedos em volta da cintura delgada, apalpando as covinhas daquelas costas suaves e delicadas. Com esse movimento, Marie se contorceu e levou sua mão rumo ao membro palpitante, que se avolumava cada vez mais e já mal cabia dentro da calça apertada. Ela percebeu o tesão que provocava nele. A essa altura, seus seios já estavam sendo esmagados por mãos furiosas e insaciáveis, que a apertavam com força, e sentiu seus bicos recém-libertos da lingerie endurecerem... Vendo o quanto aqueles montículos estavam intumescidos, Pierre os soltou e tentou colocar a mão por dentro da calça dela, e Marie abriu ainda mais as pernas, ansiosa pelo toque dele em seu ponto mais íntimo. Pierre toca em seus lábios intumescidos e molha as pontas de seus dedos naquele mar revolto de prazer, deleitando-se em tamborilar o botão inchado daquela garota sedenta.
Num ímpeto, ele levantou-se e tomou-a nos braços, e a carregou até o lavabo. tirando a roupa, sentiu o toque do frio azulejo em suas costas. E beijou-a, sugou-a pela boca, num beijo rápido e envolvente. Eles não tinham muito tempo, o perigo de serem surpreendidos por alguém permeava a atmosfera carregada de luxúria. Mastubaram-se, compartilhando fluídos. Pierre fecha os olhos e empurra com sofreguidão a cabeça de Marie em direção ao seu membro quente e febril. Pierre quer sentir o poder daqueles lábios sobre si, fechando-se, moldando-se em sua virilidade. E Marie pensa em recuar, mas pára diante daquela visão inebriante. Seus olhos pousam sobre aquele membro róseo, liso, duro, convidativo... e imediatamente, toma-o em seus lábios sedentos. Ela quer mais... E engole a virilidade de Pierre com volúpia, fecha os olhos e se entrega ao prazer de ter aquele pênis descomunal encostando em sua garganta. Em poucos segundos, Pierre afasta-se daquela boca ávida e jorra seu néctar no piso do lavabo. Ainda trêmula, Marie o abraça pelas costas e o mordisca carinhosamente, beijando seus ombros nus...
Entreolham-se, saciados, constrangidos, e após um momento de ligeiro relaxamento, o ar pesa novamente sobre aqueles dois velhos conhecidos...
Pierre dirige-se à porta, rubro, entorpecido... ainda sem crer no que acabava de acontecer... Marie fecha a porta, reflexiva, e deixa-se cair ao chão... ambos não acreditavam...

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Aforismos, devaneios, quotes dispersos e impressões literárias...um baú de antiguidades e pós-modernismo. O obscuro, complexo, distópico, inverso... O horror, o amor, a loucura e o veneno de uma alma em busca de liberdade...

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