Os haikais de Millôr
Ler Millôr é sempre uma bela surpresa. A L&PM Editores nos apresenta a obra Hai-Kais, poesias curtas de apenas três versos em sua composição, que possuem críticas inteligentes e mordazes a respeito de temas como religião, política e existencialismo.
Millôr Fernandes foi um jornalista carioca. Chegou a trabalhar nas revistas O cruzeiro e Pif Paf. Passou pelo Diário da noite e Correio da Manhã. Durante a ditadura, teve vários de seus textos censurados . Além de Hai-kais, a L&PM também publicou outros de seus títulos, tais como Millôr definitivo - a bíblia do caos e Crítica da Razão impressa.
O hai-kai [também chamado Hai-ku] é m poema de origem japonesa em que não há necessidade de rima, embora nas traduções ocidentais, haja esse hábito por parte dos tradutores. No caso de Millôr e de outros autores [como Jack Kerouac], utilizam uma maneira mais solta de se construir os versos sem se prender a métrica de sílabas usadas pelos japoneses [três versos, sendo dois de cinco silabas e o central constando sete].
O livro possui ilustrações em cada hai-kai, dando um ar mais gracioso à obra. Hai-kais é uma leitura rápida, de fácil compreensão e que ao mesmo tempo levanta questionamentos importantes ao leitor. Para ser devorado aos poucos, ou num ritmo frenético - wherever - Mas a cada lida, novas percepções são passíveis de ocorrer...
Gosto demais desse autor e de suas colunas jornalísticas que ele escreve. Tenho várias obras do autor aqui em casa, essa que cito ainda não conhecia, mas já irei atrás.
ResponderExcluirEu até hoje só li um livro de poesia de um amigo meu e me encantei , acho a poesia incrivelmente peculiar , ela consegue nos passar tanta coisa através daqueles versus , pode ser amor, raiva , critica social é simplesmente incrível. Adorei aprender um pouco mais sobre esse tipo de poesia através do seu post , sou leiga no assunto e sempre que me deparo com algo assim fico encantada.
ResponderExcluirSempre admirei o trabalho do autor nos jornais, mas nunca tinha tido acesso a esse tipo de conteúdo trabalhado por ele. E, algo que me cativou, além de ser uma poesia curta, rápida e de origem japonesa, foi essa coisa de, "...a cada lida, novas percepções...", como tão bem cita ao final.
ResponderExcluirIncrível saber que é um poema de origem japonesa em que não há necessidade de rima. Mesmo sendo até colocadas nas traduções ocidentais. Estou conhecendo esse estilo agora. E curti bastante. Aprecio muito ler poesias curtas, e gostaria de conferir essas com apenas três versos na composição, trazendo várias críticas tanto inteligentes quanto mordazes sobre temáticas como política, existencialismo e religião.
ResponderExcluirOi, tudo bem? Já tinha ouvido falar dele mas não lembro de nenhuma leitura. Achei interessante a maneira como os versos são distribuídos. Acredito que quando os versos são livres o autor tem mais liberdade para compor ao invés de se prender a rimas. Também gosto dessa versatilidade de alguns autores de passear por diversos temas e escrever com maestria sobre todos. Isso exige leitura, pesquisa e muita dedicação. Um 2021 abençoado pra você! Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirOie, Val! Acho que como a grande maioria, só conheci o trabalho do Millôr pelos jornais. Mas sempre me interessei muito, suas criações sempre foram muito pontuais e inteligentes. Vendo sua indicação fico muito interessada em conhecer o livro. Principalmente por seu tom provocativo, ao levantar questionamentos no leitor, e os temas abordados.
ResponderExcluirBjos
Até hoje só li apenas um livro em Hai_Kai que foi do O Menino Maluquinho. Acho interessante esse brincar com as palavras assim através da poesia. Não conhecia esse autor, vou anotar sua dica. Amei essa capa, bjusss.
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