Mia Couto [Poemas Escolhidos]
Os poemas do moçambicano Mia Couto são dotados de poesia e reflexões filosóficas. Ser. Existir. Dureza do viver. Versos questionadores que incitam no leitor uma inquietação que vai além do momento de leitura. Acompanha-nos por dias. Memória, amor, dor, melancolia e angústia se fazem presentes em suas indagações travestidas de poesia.
Poesia essa que viaja ao passado de semente humana rumo ao encontro do consumo do presente, que vorazmente destrói o fruto. Identidade germinada, queda de máscaras do 'Eu', vaidade desvelada. O tempo se torna aliado na criação de versos. Sua poesia é uma espécie de testemunha das mudanças humanas ao longo do tempo.
Mas o tempo aqui age como ferramenta de desajuste e desconstrução, que remonta origens e nos leva ao fatal beco sem saída das [im]possibilidades. Mia propõe um desaceleramento do existir, em contrapartida a pressa e urgência do Homem lutando contra o tempo. A angústia é colocada como tempero para a busca ao desconhecido, que mesmo realizada com sucesso, ainda nos deixa avulsos na compreensão de tudo.
Mesmo dissonantes, eis que prosseguimos rumo ao desconhecido. Tal crueza nos devora a vida. Mas temos então a poética para nos resignarmos. A poesia entra aqui como bálsamo para nossas incertezas, que nos acaricia em meio a brutalidade e sujeira do mundo. Filhos do imperfeito, somos paradoxos infindos buscando respostas, buscando amor; e sofremos no processo, desde a procura até a descoberta. E nessa cegueira da incerteza, dos questionamentos acerca de tudo que nos rodeia desde o princípio até o misterioso fim, Mia desvela o poder do que desconhecemos. A beleza de seus escritos é nosso consolo.
Poesia essa que viaja ao passado de semente humana rumo ao encontro do consumo do presente, que vorazmente destrói o fruto. Identidade germinada, queda de máscaras do 'Eu', vaidade desvelada. O tempo se torna aliado na criação de versos. Sua poesia é uma espécie de testemunha das mudanças humanas ao longo do tempo.
Mas o tempo aqui age como ferramenta de desajuste e desconstrução, que remonta origens e nos leva ao fatal beco sem saída das [im]possibilidades. Mia propõe um desaceleramento do existir, em contrapartida a pressa e urgência do Homem lutando contra o tempo. A angústia é colocada como tempero para a busca ao desconhecido, que mesmo realizada com sucesso, ainda nos deixa avulsos na compreensão de tudo.
Mesmo dissonantes, eis que prosseguimos rumo ao desconhecido. Tal crueza nos devora a vida. Mas temos então a poética para nos resignarmos. A poesia entra aqui como bálsamo para nossas incertezas, que nos acaricia em meio a brutalidade e sujeira do mundo. Filhos do imperfeito, somos paradoxos infindos buscando respostas, buscando amor; e sofremos no processo, desde a procura até a descoberta. E nessa cegueira da incerteza, dos questionamentos acerca de tudo que nos rodeia desde o princípio até o misterioso fim, Mia desvela o poder do que desconhecemos. A beleza de seus escritos é nosso consolo.
Eu quero uma tarde onde pousem sombras.
Eu sou apaixonada pelo Mia, se pudesse e o dinheiro desse, teria todos os livros dele aqui, como você coloca, é um acalento para brutalidade da vida, mas um acalento profundo que acessa a sombra...
ResponderExcluirEu bem não sei kkkkk
ExcluirQuando formos rycas teremos todos os títulos dele hahaha
Que diferente, quando li "Mia", pensei que fosse uma mulher, mas é um homem... que nome diferente... rs Eu não conhecia as obras dele, mas são ótimas indicações. =)
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Quem.nao o conhece acaba confundindo mesmo rs
ExcluirMlr, eu amo o Mia Couto. Prefiro seu trabalho como romancista, mas entendo a obra dele muito similar a preceitos platônicos. Gostei da relação do tempo, acho que, pra complementar seu texto, faltava um poema dele. Senti falta disso.
ResponderExcluirNão botei um poema completo, mas tem um trechinho embaixo da postagem
Excluir^^
Não sei se entendi sobre o livro corretamente, mas a forma como você escreveu deu a entender que é um livro bem profundo e que nos traz reflexões. Tem um tempo que não leio poesia, tenho que voltar um pouco para esse gênero. Parabéns pelo post!
ResponderExcluirSempre bom revisitar a poesia. É um gênero atemporal.
ExcluirAinda não li as poesias do Mia Couto. Para uma disciplina da faculdade comecei a ler dele o "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", mas acabei precisando interromper a leitura por outras prioridades. Uma pena. Pretendo ler algum título dele por inteiro, pois mamãe sempre compara sua escrita a de Guimarães Rosa.
ResponderExcluirNão li Guimarães ainda. Mas está nos planos.
Excluir^^
Nunca li nada parecido. Preciso ler uns poemas diferentes e sair da mesmice.Adoro poesia e esse já vai para minha lista.
ResponderExcluirEspero que aprecie a leitura
Excluir🤗
Ual. Parece ser uma leitura bem crua, né? Eu ainda não conheço a escrita do autor. E gostei muito desse post, pois deixa como recomendação 'poemas'. E esse é um tipo de leitura que eu pouco faço. Fiquei interessada!
ResponderExcluirAbraços
Acho que você vau curtir a obra de Mia 🤗
ExcluirA poesia do Mia Couto é um baita de um consolo mesmo. Eu adoro e me identifico bastante com seus escritos. Gosto demais quando isso acontece quando leito poesia, gênero que não tenho tanta afinidade.
ResponderExcluirAh, inclusive tem um vídeo meu declamando o poema identidade, caso lhe interesse:
https://youtu.be/7MGi3S_Daig
Aaah me envia pelo whats. Vou adorar assistir o vídeo 😍
ExcluirÓtimo saber que os poemas do moçambicano Mia Couto são dotados de poesia e reflexões filosóficas e questionamentos em seus versos. Muito interessante trazer essa dureza do viver, de existir e entre outros tópicos. Muito bacana também que isso incite em nos
ResponderExcluirleitores uma certa inquietação que vai além desse momento de leitura. Gostei muito de conhecer melhor!
Sim, bem esse o sentimento hehe
Excluir^^
Nossa que post interessante! Eu acho que eu já vi esse livro em algum lugar... não me lembro onde. Seu post me despertou um interesse enorme para conhecer esse livro. <3
ResponderExcluirEspero que tenha a oportunidade de ler algum dia.
ExcluirKüss
Oi, tudo bem? Que nome mais diferente desse autor. Que eu me lembre nunca li nenhuma obra de autores africanos ou daquela região. Nos últimos tempos decidi sair da zona de conforto e buscar novas experiências. Acredito que cada autor traz em sua escrita muita bagagem, além de serem influenciados pelo meio em que viveram. Esse ano li alguns livros irlandeses e gostei bastante. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirEu venho buscando mais africanos. O continente é riquíssimo, tem uma literatura extensa e cadê vez mais títulos vem sendo trazidos pra ca. 🤗
ExcluirIrlands eu gosto de alguns. Preciso conhecer mais heheh
Küss