Histórias da Segunda Guerra
Estou participando de um grupo de Leitura Coletiva que consiste em ler uma obra ficcional ou não-ficcional ambientada na Segunda Guerra Mundial a cada mês. O Holocausto Judeu foi um dos episódios mais atrozes da nossa História no século XX e cerca de seis milhões de judeus tiveram suas vidas ceifadas em campos de concentração espalhados pela Europa, sob domínio da SS, os oficiais do exército alemão.
Esse post tem como propósito apresentar as obras que eu li desde que o grupo foi criado, em abril deste ano [2020], a fim de que vocês possam conhecer algumas histórias/relatos de sobreviventes desse genocídio.
A série Histórias da Segunda Guerra será dividida em algumas partes, e eventualmente eu virei aqui apresentar mais alguns títulos. Hoje, quero indicar as obras O tatuador de Auschwitz, Os fornos de Hitler e Os meninos que enganavam nazistas.
O tatuador de Auschwitz, escrito por Heather Morris conta a história de Lale, que foi enviado ao campo de concentração que dá nome ao livro e lá acabou sendo escolhido para ser o tatuador do campo. A sua função era marcar a numeração de todos os prisioneiros que lá chegassem, a fim de identificação, em virtude deles não serem tratados como seres humanos, indivíduos com personalidade distinta, e sim, como meros objetos que logo seriam descartados das maneiras mais perversas no campo, seja por fuzilamentos, fome, doenças ou às terríveis câmaras de gás.
O livro retrata sua vivência durante aqueles anos de guerra, confinado e sem prever que destino horrendo teria, mas logo conhece uma moça no campo, e a partir daí, ele faz de tudo para sobreviver, protegê-la e também ajudar como puder as pessoas que vivem ao seu redor nos barracões. Ao longo da obra, o leitor se angustia com as passagens que ele apresenta, os sofrimentos e perigos que ele se sujeita para escapar vivo dali.
Em Os fornos de Hitler, de Olga Lengyel, acompanhamos a trajetória de uma judia que vê seus entes queridos sendo enviados para a morte certa, incluído aí algumas por escolhas infelizes da própria protagonista, que julgava estar protegendo seus filhos. Durante o tempo que permaneceu como prisioneira em Auschwitz, trabalhou como enfermeira no 'hospital' montado no campo, que não oferecia conforto ou higiene alguns para os pacientes, que geralmente eram encaminhados para as câmaras de gás, tão logo se notasse o grave estado debilitante em que se encontravam. Ela fez de tudo para minimizar o sofrimento dessas pessoas, enquanto tentava salvar a si própria e reencontrar seu marido, também prisioneiro do mesmo local, mas num setor diferente do que ela se encontrava.
Os meninos que enganavam nazistas, de Joseph Joffo, conta a história de Joseph e Maurice, dois irmãos de 12 e 10 anos, que precisam fugir para não serem pegos pela inspeção nazista dentro do território francês. Os pais enviam os meninos para uma cidade onde mais dois irmãos esperam por eles, enquanto vivem com documentos falsos tentando esconder que são judeus. Jo e Maurice enfrentam fome, perigos durante o percurso e aprendem desde muito cedo a se virarem sozinhos, amadurecendo antes do tempo para sobreviver...
As obras possuem em comum o fato de terem sido escritas/relatadas por sobreviventes do holocausto, baseados em fatos reais; sendo que os dois primeiros livros se tratam de experiências vividas no mesmo ambiente, o que os diferem da terceira obra, que se passa na França ocupada pelos nazistas, sob a colaboração do marechal Pétain. São testemunhos importantes a fim de desvelar ao mundo os horrores cometidos pelos nazistas durante os anos de 1939 a 1945 em todo o continente europeu.
Jamais esquecer, para nunca repetir...
Eu sou simplesmente apaixonada pela temática Segunda Guerra Mundial , o Tatuador de Auschwitz está na minha lista para ler esse ano , mas gostei dos outros dois livros que você indicou , acho que vou colocá-los na lista também!
ResponderExcluirGente, estava outro dia mesmo pensando em como queria ler livros sobre a Segunda Guerra e o Holocausto e seu post me aparece bem em tempo. E melhor ainda, porque vai me proporcionar a experiência de ler histórias de pessoas reais que trazem as suas narrativas, que é algo que não tenho tanto costume assim de ler. Amei as indicações. Abs!
ResponderExcluirEu até gosto de ler livros que se passam nessa época, mas confesso que não foram muito frequentes na minha lista ultimamente. Vou anotar as dicas, pois desses eu só conhecia de nome O tatuador de Auschwitz.
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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É uma das minhas temáticas preferidas. Adorei esse projeto. Eu não li nenhum ainda, mas assisti o filme O Menino que enganou os Nazistas e amei. Muito bom, recomendo.
ResponderExcluirSou fissurado em histórias da Segunda Guerra Mundial, essas obras que citou me fascinam, desejo ler esses três que citou, pois já os tinha visto e suas sinopses me deixou com a curiosidade aguçada. Espero ler em breve.
ResponderExcluirSensacional essa proposta da Leitura Coletiva! Acho importante ler obras ficcional ou não-ficcional ambientada na Segunda Guerra Mundial também. Então, são ótimos títulos esses indicados por você. Alguns eu ainda não conhecia e já quero dar uma olhada, assim que for possível.
ResponderExcluirOi, tudo bem? Achei bem legal a ideia da leitura coletiva. Acredito que tem tudo para dar certo ainda mais quando os participantes gostam do mesmo tema e podem discutir e trocar ideias. O que mais gosto nesse tipo de leitura é o quanto podemos aprender seja sobre História, Geografia, Política, são leituras enriquecedoras concorda? O fato de algumas obras terem sido escritas por sobreviventes nos dá uma ideia mais real do que eles vivenciaram. Boas leituras! Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluireu li Os meninos que enganavam nazistas e eu adorei, apesar da história ter seu contexto pesado e triste, até porque foi uma época dolorosa e o humano mostrou sua pior face, a história dos irmãos me deu um quê de esperança, um dia pretendo reler.
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