Poemas Negros - Jorge de Lima
Lançado em 1947, Poemas negros, do poeta alagoano Jorge de Lima, é uma obra publicada pela extinta Cosac Naify, contendo ilustrações de Lasar Segall e prefaciada por Gilberto Freyre. Nos são apresentados 39 poemas que transitam pelo engenho de açúcar, pelo navio tumbeiro, pelas paisagens inóspitas do nordeste, bem como referenciando o banzo do escravo africano, e seu lamento dolorido em terras alheias na condição de homem que não tem liberdade.
De cunho modernista, a vivência negra é musicada nos versos do poeta, evocando um lirismo em terreiros de Iemanjá ou Xangô, cunhadas pelo período colonial em que se desvela. Manifestações populares-culturais-religiosas são expressas de maneira marcante e significativa.
Poemas negros tem o caráter de ode ao cenário do nordeste, ao período da exploração açucareira, à inserção da cultura negra no espaço branco/indígena do Brasil Colônia e serve como um apelo/lamento à dor que os ancestrais desse país sofreram ao serem trazidos para estes lados.
Nascido em 1893, tornou-se médico e chegou a conviver com nomes grandiosos da literatura do período, como José Lins do Rego e Graciliano Ramos, Faleceu no ano de 1953, após a publicação de um de seus poemas mais importantes da Literatura Brasileira, Invenção de Orfeu.
Essa leitura foi realizada em decorrência do Desafio 7 livros em 7 dias, e você pode saber mais a respeito dele clicando no vídeo abaixo. Para conferir a resenha de outros títulos, tratam-se das postagens anteriores a este post.
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Aforismos, devaneios, quotes dispersos e impressões literárias...um baú de antiguidades e pós-modernismo. O obscuro, complexo, distópico, inverso... O horror, o amor, a loucura e o veneno de uma alma em busca de liberdade...
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