A estrada, de Cormac McCarthy
Imagine você num mundo pós-apocalíptico, tentando sobreviver em meio ao caos, sem comida ou abrigo garantidos e tendo que proteger seu filho de pessoas más que se entregaram a selvageria do instinto de sobrevivência humano, a ponto de canibalizar pessoas na falta de um cardápio melhor?
Eis a premissa de A estrada, escrito por Cormac McCarthy e publicado aqui no Brasil pela Editora Alfaguara. Somos apresentados ao Homem e ao Menino. No decorrer de toda a história, eles não ganham nomes, e é assim que nós os conhecemos... Eles passam os dias vagando pela estrada ou nos arredores dela, quando pressentem algum perigo... Os animais há muito estão mortos, e pelo caminho, rastros de destruição e morte decoram o ambiente inóspito. Tentando se abrigar da neve, eles tentam encontrar algum local seco e quente para passar a noite...
O Homem não sabe o que pode encontrar na costa, mas sabe que precisa chegar até lá... Vão encontrando outros sobreviventes no decorrer dos dias, tentando se esconder de pequenos grupos que capturam pessoas e as comem, e ele precisa proteger seu filho a todo custo, rumo a algum futuro incerto, munido de uma arma com poucas balas... ele orienta o menino, inclusive, que - se algo der errado, ele já sabe como proceder: é só enfiar o cano na boca e disparar...
Além de tudo isso, ambos precisam se alimentar e a cada dia que passa, fica mais difícil encontrar alguma coisa que sirva de alimento. Encontrar água limpa e roupas quentes também se revela um problema... Eles empurram um carrinho de compras com algumas relíquias, que podem ser utilizadas em dado momento... Cobertores puídos, roupas enlameadas e fedidas, e toda a comida que conseguiram estocar até então...
Não se trata de um mundo em decadência no estilo 'the walking dead'. Não espere pessoas mortas se levantando e atacando os seres vivos. O livro vai muito além disso... O homem e O menino tem que se defender dos vivos, suportar a fome, o frio e a solidão de dias longos e noites que parecem não ter fim... O cenário é desalentador, e em meio ao caos, a relação entre pai e filho é a única coisa a que se agarrar durante a leitura, é o que existe de mais belo nessa América destruída... O amor de pai e filho, a inocência da criança são as únicas coisas que os impulsionam a seguir em frente, mesmo que desconheçam o futuro, que se mostra cada vez mais incerto e desesperançoso...
Eles são o mundo um do outro. E a busca pela salvação não depende só deles...
UAU! Maria, adorei sua resenha, e esse livro é bem do jeitinho que eu gosto :) amei simplesmente. Já adicionarei no Skoob. Bjs!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirAchei a premissa bem intensa, é um thriller que vai me render horas e horas realizando a leitura. Já anotei a dica.
http://loucurasaovento.blogspot.com.br/
Olá!
ResponderExcluirNossa nunca tinha visto esse livro.
Uma capa bem tenebrosa rsrs
Gostei de sua resenha e sua opinião sobre o livro.
Abraços,
Tony
Sabe quando a gente lê uma resenha e fica sem ação? Foi eu lendo sua resenha, desejo já esse livro, sua resenha esta maravilhosa :D
ResponderExcluirhttp://odiariodoleitor.blogspot.com.br/
Olá! Não conhecia o livro ainda e achei a história bem interessante. Gostei de sua resenha e anotei a dica.
ResponderExcluirBeijos
http://albumdeleitura.blogspot.com.br/